FreeFlight trabalhando na aprovação de rádio-altímetros resistentes a interferências da rede 5G, em 01.04.22


A FreeFlight Systems está nos estágios finais para obter a aprovação TSO – Technical Standard Order pela FAA para seus rádio-altímetros (altímetros-radar) resistentes a interferências da rede 5G, da série Terrain.

A fabricante planeja enviar toda a documentação necessária para o TSO no início de abril, e a aprovação deve ocorrer em breve.

Na convenção da AEA – Aircraft Electronics Association, nesta semana, em Nova Orleans, o presidente da FreeFlight, Tony Rios, observou que os rádio-altímetros da série Terrain fornecem um “raio AMOC” de 0,1 MN ou melhor. A maioria dos rádio-altímetros de geração atual, incluindo os produtos anteriores da FreeFlight, estão sujeitos a interferência de Banda C da rede celular 5G a 2 MN ou mais de distância da antena transmissora 5G. “Fora desse raio, [rádio-altímetros] não serão afetados”, divulga a FreeFlight. “Dentro, pode não estar disponível ou estar dando leituras de altitude não detectadas e errôneas”, completa a empresa.

O novo rádio-altímetro RA-4500 Mk II substitui as unidades 4000/4500 atuais instaladas em muitos aviões e helicópteros. Será uma substituição de forma, ajuste e função, sob um boletim de serviço emitido pela fabricante da aeronave, portanto, nenhum Certificado de Tipo Suplementar (STC/CST) será necessário. “Então é resistente a 5G”, disse Shane LaPlante, vice-presidente de vendas e marketing da FreeFlight: “Isso atende ao mercado existente”.

O RA-5500 e o RA-6500 foram projetados para substituir os rádio-altímetros Honeywell KRA-405B e Garmin GRA 5500.

O RA-5500 é para instalações onde apenas um único rádio-altímetro é necessário, enquanto o RA-6500 é para instalações de duas unidades; mas o RA-6500 pode ser instalado como uma única unidade, com um segundo adicionado posteriormente.

Tanto o RA-5500 quanto o RA-6500 são projetados com um tamanho menor do que os rádio-altímetros que serão substituídos, bem como a capacidade de se conectar à fiação e antenas existentes para facilitar a instalação.

Certificados STC/CST serão necessários para o RA-5500 e RA-6500, e a FreeFlight planeja trabalhar com instaladores nestes, incluindo lista de modelos aprovados que abrangem vários modelos de aeronaves. Para simplificar ainda mais as instalações, uma placa analógica para o rádio-altímetro da série Terrain será disponível para permitir a retenção de displays analógicos mais antigos para que não precisem ser atualizados para um display digital imediatamente.

Os rádio-altímetros da série Terrain da FreeFlight foram projetados para mitigar a interferência 5G usando a tecnologia de processamento de sinal digital (DSP – Digital Signal Processing) para filtrar sinais indesejados. “Toda a filtragem é feita digitalmente”, explicou LaPlante. Algumas propostas para corrigir esse problema para rádio-altímetros mais antigos prevêem o uso de filtros de banda, disse LaPlante, “mas isso não abrange sinais espúrios dentro da banda”. Os DSPs nos rádio-altímetros da série Terrain permitem que os engenheiros do FreeFlight filtrem todos os sinais “ruins”, incluindo sinais espúrios, e se e quando esses sinais mudarem, a FreeFlight pode simplesmente ajustar a suscetibilidade da unidade por meio de atualizações de software.

Embora a implantação completa de rede 5G – Banda C – no EUA ainda não tenha ocorrido, “o conhecimento geral da indústria [sobre o problema de interferência 5G] permanece bastante baixo”, de acordo com a FreeFlight Systems, “especialmente na comunidade de helicópteros. Uma coisa que achamos que as pessoas não percebem é que os modos de falha de [rádio-altímetros] no ambiente 5G não podem ser caracterizados – o equipamento simplesmente não foi projetado para operar nessas condições. Testes mostraram em todo o setor (incluindo nossos próprios testes) que um altímetro afetado tem tanta probabilidade de fornecer informações de altitude erradas quanto de fornecer dados não calculados ou uma condição de falha sinalizada. Este é um risco que nunca vimos antes como um problema generalizado na aviação e deve ser levado a sério”. [EL] – c/ fontes