FSF divulga plano global para conter incursões de pistas desenvolvido com a contribuição de uma ampla força-tarefa mundial, em 17.12.23


A FSF – Flight Safety Foundation (fundação de segurança no vôo) lançou o Plano de Ação Global para a Prevenção de Incursões de Pistas (GAPRI – Global Action Plan for the Prevention of Runway Incursions) para resolver um problema que ganhou destaque após uma série de incidentes de alto perfil este ano. Desenvolvido por uma força-tarefa internacional de 200 profissionais da aviação de 80 organizações em todo o mundo, o GAPRI fornece 127 recomendações que podem servir como um roteiro para lidar com eventos de incursão de pista em todo o mundo.

A FSF classificou as incursões de pistas como uma das ameaças mais persistentes à segurança da aviação e expressou preocupação de que os riscos destas possam aumentar com a recuperação do tráfego aéreo em todo o mundo.

“Apesar dos esforços ao longo dos anos para prevenir incursões, elas ainda acontecem”, disse o presidente e CEO da FSF, Hassan Shahidi, para emendar: “O risco de incursões na pista é uma preocupação global e as consequências potenciais de uma incursão são graves”.

Shahidi observou ainda as complexidades que rodeiam o ambiente aeroportuário envolvendo operadores, controlo de tráfego aéreo e prestadores de serviços terrestres. “É fundamental que todas as partes interessadas trabalhem em colaboração para eliminar o risco de incursões graves”, disse Shahidi.

O grupo de trabalho concluiu que as falhas na comunicação e na coordenação – bem como a falta de barreiras e tecnologias para evitar colisões em todo o sistema e o aumento das operações – aumentaram o risco de incursões de pista. Além disso, o grupo de trabalho concluiu que muitos incidentes graves poderiam ter sido evitados através de tecnologias que melhorassem a consciência situacional.

As recomendações incluíram ações para operadores aeroportuários, prestadores de serviços de navegação aérea, operadores de aeronaves, fabricantes, países e reguladores, bem como para a comunidade científica. Em termos gerais, as recomendações envolvem áreas como formação, procedimentos operacionais, protocolos de comunicação, ajudas visuais aeroportuárias, concepção de infraestruturas e capacitação/responsabilidades do pessoal.

Comunicado FSF
​Em comunicado no dia 12 de dezembro, no seu portal –
https://flightsafety.org/foundation-calls-for-global-coordinated-action-on-runway-incursions/
– a FSF divulgou o GAPRI – Global Action Plan for the Prevention of Runway Incursions (Plano de Ação Global para a Prevenção de Incursões de Pistas), apresentando que as incursões de pistas são uma das ameaças mais persistentes à segurança da aviação, e sustenta que o risco de incursões provavelmente aumentará à medida do crescimento do tráfego aéreo, a menos que sejam implementadas defesas de segurança robustas e coordenadas.

GAPRI – recomendações – Vol. I em 12.12.2023:
https://flightsafety.org/download/61301/?tmstv=1702326561&v=61308

No comunicado, “apesar dos esforços ao longo dos anos para prevenir incursões, elas ainda acontecem”, registra o presidente e CEO da FSF dr. Hassan Shahidi. “O risco de incursões de pista é uma preocupação global e as consequências potenciais de uma incursão são graves. As operações aeroportuárias são complexas e envolvem múltiplas partes, incluindo operadores, controlo de tráfego aéreo e prestadores de serviços terrestres. É fundamental que todas as partes interessadas trabalhem em colaboração para eliminar o risco de incursões graves”, declara Shahidi.

O comunicado promove que o GAPRI foi desenvolvido por uma força-tarefa internacional de 200 profissionais da aviação de 80 organizações ao redor do mundo. As conclusões e recomendações do relatório (GAPRI) da força-tarefa baseiam-se numa análise de vários conjuntos de dados globais e regionais, combinadas com conhecimentos de experiência do mundo real e conhecimentos operacionais.

A iniciativa GAPRI foi coordenada pela FSO e pelo Eurocontrol, e as recomendações foram desenvolvidas em parceria com a CANSO (Organização de Serviços de Navegação Aérea Civil), a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) e a ACI (Conselho Internacional de Aeroportos), e em cooperação com a ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil).

Ao analisar os dados, o grupo de trabalho descobriu que a variabilidade no desempenho humano e as falhas na comunicação e coordenação desempenham um papel nas incursões. Além disso, a ausência de barreiras e tecnologias para evitar colisões em todo o sistema, combinada com o aumento das operações de superfície, cria condições desfavoráveis com maior risco de incursões de pista. Muitos dos incidentes graves poderiam ter sido evitados através de melhores tecnologias de consciência situacional que podem ajudar controladores de tráfego aéreo e pilotos a detectar potenciais conflitos de pista.

O relatório GAPRI contém 127 recomendações práticas dirigidas a operadores aeroportuários, prestadores de serviços de navegação aérea, operadores de aeronaves, fabricantes aeronáuticos, autoridades reguladoras nacionais e à comunidade de investigação. As recomendações, que enfatizam a necessidade de reforçar as barreiras operacionais, abrangem temas como a melhoria da formação, a capacitação e o equipamento do pessoal da aviação, procedimentos melhorados para operações de pista, protocolos de comunicação e auxílios visuais aeroportuários melhorados, e mitigação de riscos através da concepção de infraestruturas. As recomendações incluem ações imediatas e de curto prazo para mitigar os riscos, e também o desenvolvimento de tecnologias futuras que possam ser implementadas em um horizonte de médio prazo.

“GAPRI é um roteiro para abordar riscos e construir resiliência”, Shahidi registra.

A Fundação (FSF) trabalhará com as partes interessadas globais para facilitar a implementação das recomendações e para permitir que os governos e a indústria não só façam face aos aumentos esperados no tráfego, mas também sejam proativos na antecipação e resolução de problemas.

Em nota específica do programa, a FSF aponta que as incursões de pistas estão entre as ameaças mais persistentes à segurança da aviação. A ICAO coloca as incursões de pistas entre as cinco categorias de eventos de maior risco que devem ser abordadas para reduzir a possibilidade de mortes na aviação. As consequências potenciais de uma incursão de pista são graves, especialmente se essa incursão terminar em colisão. À medida que as operações de tráfego aéreo aumentam, é provável que o risco de incursões de pistas também aumente, a menos que sejam implementadas novas defesas de segurança.

A FSF define que os riscos de incursão de pista incluem uma combinação complexa de fatores que só podem ser endereçados através de uma abordagem colaborativa envolvendo operadores de aeronaves, prestadores de serviços de navegação aérea, operadores aeroportuários e autoridades reguladoras.

A FSF destaca que todas estas partes interessadas estiveram envolvidas no desenvolvimento do Plano de Ação Global para a Prevenção de Incursões de Pistas (GAPRI), com mais de 200 especialistas em aviação de 80 organizações de todo o mundo trabalhando em conjunto para desenvolver a iniciativa.

As conclusões e recomendações do relatório GAPRI baseiam-se numa análise de múltiplos conjuntos de dados globais e regionais, combinadas com conhecimentos obtidos a partir de conhecimentos operacionais. Esta estratégia estendeu-se além do estudo apenas de eventos perigosos; as recomendações incorporam lições de todas as operações – operações tanto em que tudo “corre bem” [tudo dá certo]  como em que algo “corre mal” [algo dá errado].

A FSF apresenta o GAPRI como plano para servir como um roteiro para abordar os riscos e incutir resiliência, permitindo a governos (autoridades nacionais regulatórias de aviação civil) e à indústria da aviação não só lidarem com o aumento do tráfego, mas também tornarem-se proativas na antecipação e resolução de problemas. As recomendações do plano incluem ações imediatas e de curto prazo para mitigar os incidentes graves estudados, e também soluções futuras que envolvem a introdução de novas tecnologias que estão em fase de desenvolvimento para implantação no horizonte de médio prazo. O GAPRI também identifica investimentos em pesquisa e desenvolvimento com potenciais benefícios de mitigação de alto risco que estariam maduros para implantação no horizonte de longo prazo. [EL]