G700 bate marca de 83% de seus vôos a partir Savannah utilizando mistura QAv e SAF, em 23.12.21


O desenvolvimento contínuo da Gulfstream de seu próximo jato cabine larga G700 atingiu um marco de sustentabilidade, completando a marca de 83% dos vôos realizados, envolvendo testes importantes, a partir da base Savannah, na Georgia, com utilização de mistura QAv e SAF, produzido de fontes renováveis.

A fonte renovável exata não foi divulgada, mas presume-se que tenha sido fornecida pela a World Energy, a fornecedora de SAF contratada pela Gulfstream.

O combustível sustentável (SAF) da World Energy produz uma marca de carbono 60% menor do que o combustível convencional (QAv/JET-A).

Testar a viabilidade de alternativas de SAF com o G700 representa o mais recente em centenas de vôos com a mistura JET-A e SAF conduzidos com aeronaves da Gulfstream, reduzindo as emissões de dióxido de carbono em milhares de toneladas. A Gulfstream tem buscado uma estratégia de sustentabilidade com a qual espera chegar nos melhores objetivos do setor com antecedência – antes de prazos estipulados pela indústria em marcas de redução de emissão.

Em toda a aviação, as partes interessadas concordaram com uma redução geral de carbono em 50%, e os esforços que devem ter os níveis de emissão de 2050 aproximadamente equivalentes aos seus valores de 2005.

A Gulfstream observou uma melhoria de 2% na eficiência de combustível ano após ano desde 2010, com um crescimento totalmente neutro em carbono desde 2020.

A Gulfstream planeja iniciar entregas de G700 a clientes até o final de 2022.

“Exibir esta aeronave incrível na frente dos clientes foi um dos destaques de 2021”, disse Mark Burns, presidente da Gulfstream. “Também estamos demonstrando nosso compromisso com o SAF usando a mistura de combustível tanto quanto possível em vôos de teste do G700 – cinco em seis aeronaves de teste usaram a mistura de combustível em todos os vôos. Esperamos desenvolver esses sucessos em 2022 e cumprir ainda mais marcos do programa à medida que nos aproximamos das entregas ao cliente”, disse Burns.

Embora não dispondo de totalização de horas de vôo neste momento, a casa de análise financeira Jefferies apontou para os dados da Amstat que mostram que uma dúzia de jatos G700 já foram produzidos. A Gulfstream voou com seis G700 em testes de vôo, incluindo o P1, o primeiro modelo de produção com interior completo que será avaliado em mais de 15.500 pontos de análise de desempenho. A Jefferies observou que os seis dos jatos já produzidos pareceriam destinados a clientes.

A Gulfstream, por sua vez, reiterou vários testes realizados em torno da expansão do envelope, flutter (vibração cíclica, de alta frequência, por interações de forças aerodinâmica e elásticas), estol aerodinâmico, qualidade de vôo e pilotagem, sistemas de controle de vôo e testes de dados atmosféricos. O G700 atingiu velocidade MACH 0,99 e altitude de 54.000 pés.

“Durante o teste de expansão do envelope, a aeronave teve um desempenho seguro muito além de sua velocidade máxima de operação e altitude de cruzeiro”, divulgou a Gulfstream.

Outros testes incluíram testes de estol em condição de formação de gelo e de carga no conjunto asa-winglet. Os testes em clima frio foram realizados no McKinley Climatic Laboratory na Eglin Air Force Base, na Flórida, e a aeronave concluiu com êxito os testes de desempenho do motor em alta altitude no Aeroporto Regional de Telluride, no Colorado, a uma altitude de 9.078 pés, informou a Gulfstream.

A aeronave acumulou vários recordes entre dos aeródromos, em vôos para fins de demonstração. Isso incluiu vôos de Savannah para Doha, no Qatar, e de Doha para Paris, e de Paris de volta a Savannah, em setembro. Além disso, o G700 já estabeleceu recordes em vôo de Houston, no Texas, para Riyadh, na Arábia Saudita, e no retorno para Savannah.

A Gulfstream acrescentou que esses vôos usaram uma combinação de SAF e compensação de carbono para minimizar o impacto ambiental.

Ao todo, a Gulfstream comprou mais de 1,6 milhões de galões de SAF para o seu uso e de clientes, divulga a fabricante observando que foi a primeiras das fabricantes aeronáuticas da aviação executiva a assinar a Declaração de Ambição Limpa do Fórum Econômico Mundial para o Amanhã 2030 (Tomorrow 2030). [EL] – c/ fontes