GE Aerospace investe no desenvolvimento de mistura patenteada de areia e outras partículas para testagem de motores à turbina sob efeito de poeira, em 22.10.25


Em post na plataforma online da AIN no dia 16, o articulista com cargo de editor da mídia Matt Thurber abordou a complexidade de processo de projeto e fabricação de motores aeronáutica à turbina.

Thurber escreveu que projeto e fabricação de motores à turbina é um processo extremamente complexo, e que fabricantes de motores, como a GE Aerospace, investem quantias significativas de dinheiro e recursos para fornecer um produto confiável e de fácil manutenção, com o desempenho necessário para os clientes fabricantes e operadores de aeronaves.

Thurber apontou que um dos fatores sutis que a maioria dos observadores da indústria da aviação pode desconhecer é o efeito da poeira (dust) nos motores à turbina. Em certos ambientes, a poeira (dust) é um fator crítico, que pode prejudicar as operações e a vida útil do motor.

Thurber repercutiu que, para garantir que seus motores possam lidar com essas condições com segurança, a GE Aerospace realiza testes operacionais de ingestão de poeira para otimizar a durabilidade. Esses testes foram realizados em programas anteriores, bem como no programa do turbofan para jatos do transporte comercial LEAP  e, mais recentemente, nos aerofólios de turbina de alta pressão do programa RISE.

De acordo com a GE, “os testes de ingestão de poeira [Dust-ingestion testing] utilizam uma mistura patenteada de areia [sand] e outras partículas desenvolvida pela GE Aerospace”. De acordo com um porta-voz da GE, areia e partículas de poeira comuns coletadas em ambientes do Oriente Médio não eram adequadas para testes de motores, razão pela qual a GE precisou desenvolver suas próprias partículas patenteadas. Uma vez preparadas as partículas, a GE utiliza um equipamento de teste especializado para injetar a poeira no motor durante milhares de ciclos de teste. Isso inclui decolagem, subida, cruzeiro e pouso.

“A campanha de testes replicará como as peças suportariam condições de vôo em ambientes operacionais severos em todo o mundo, [o que é] importante para as operações dos clientes”, divulga a GE.

Em um vídeo no YouTube (YTb) sobre o desenvolvimento do motor LEAP, a GE explicou que, no Oriente Médio, “a poeira fina pode bloquear os orifícios de resfriamento em nossas pás de turbina de alta pressão, criando maior estresse no material quando o motor esquenta. Ativar essas condições em uma célula de teste revelou-se muito, muito difícil”. Carlos Perez, gerente geral de engenharia de serviços da GE, disse: “não se pode simplesmente ir a um ambiente onde temos desafios no Oriente Médio, coletar um pouco de poeira e jogá-la no motor. Não funciona assim”.

Colocar a poeira desenvolvida pela GE no lugar certo no motor para os testes é difícil. “Esta é, na verdade, uma atividade científica crítica que nos levou 15 anos e dois geólogos doutores para nos ajudar a resolver”, divulga a GE. No final, foram 14 iterações e milhares de horas de testes de diversas misturas de poeira em motores anteriores antes que a GE aperfeiçoasse a mistura. [EL] – c/ fonte