GEIV inspeciona radar meteorológico em implementação na TMA Belém, em 04.05.25

Em nota no dia 30, o DECEA divulgou que a Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) realizou, no dia 29 (terça), a aferição do radar meteorológico que está em implementação na Terminal (TMA) Belém (SBWB).
A iniciativa faz parte das ações promovidas pelo DECEA para otimizar o espaço aéreo da Região Amazônica, tendo em vista a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro, na cidade de Belém (PA).
“Em preparação para a COP-30, cresce o reconhecimento internacional de que tecnologias como essa são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Na região amazônica, em especial, a aplicação de um radar pode apoiar ações de defesa civil, agricultura e proteção ambiental, tornando-se uma ferramenta estratégica para o Brasil apresentar soluções concretas e operacionais em uma das conferências climáticas mais importantes da década”, declarou o chefe da subdivisão de coordenação e controle de meteorologia do DECEA, major especialista em meteorologia Fabrício Magalhães Cordeiro.
A missão de aceitação operacional teve início no dia 23 de abril, em um trabalho conjunto entre militares do DECEA, da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) e do Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER), onde foram avaliados os produtos gerados pelo radar. Após o parecer satisfatório, o GEIV realizou o vôo para inspecionar os alvos meteorológicos, a precisão da localização e da intensidade.
A TMA Belém (SBWB) é uma área circular com centro no ponto de coordenadas 01°23’04”S 048°28’43”W (locação do VOR/DME Belém/BEL) com um raio de 40 MN, com limites verticalmente de 2.500 pés até FL145, como Espaço Aéreo Classe C.
Por dados estatísticos da CGNA, a TMA Belém ocupou o posto de 17ª posição (em 39 TMA e mais 3 CTR) no ranking de movimentação, de aeronaves, com 54.568 movimentos (média de 4.547,3 mov./mês), com alta de 6,8% sobre 2023, na região norte atrás de Manaus com 65.526 movimentos (12ª posição). O transporte comercial respondeu por 59% da movimentação da Terminal, a Aviação Geral respondendo por 37% e a Aviação Militar com 4%. O mês de maior movimento teve 5.265 movimentos, enquanto o mês de menor movimento teve 4.183 movimentos .
No 1T25, foram 13.338 movimentos (média de 4.460 mov./mês – sendo 4.338 mov. em março), versus 13.195 movimentos (média de 4.398,3 mov./mês), no 1T24, um aumento de 1,08%.
O radar meteorológico é hoje uma das principais ferramentas de vigilância atmosférica disponíveis para a aviação e a gestão do risco climático. Com alta precisão, permite detectar, acompanhar e analisar a evolução tridimensional de formações meteorológicas potencialmente perigosas, contribuindo de forma decisiva para a segurança das operações aéreas e para a resposta a eventos extremos.
“Nas missões de inspeção de radar temos um oficial especialista em meteorologia a bordo para identificar o tipo de formação meteorológica e repassar as informações à equipe de solo”, explicou o chefe da seção de operações do GEIV, major-aviador Alexandre Gonçalves Carvalho.