Gogo expandindo sua oferta de conectividade embarcada com multiplicidade de certificados STC e atualização de rede de serviços, em 03.11.25


Em post no dia 13 na plataforma online da AIN, a redatora de notícias da mídia Jessica Reed repercutiu que a Gogo Air está avançando no segmento de conectividade embarcada com uma série de aprovações de Certificados Tipo Suplementar (STC), modernização da infraestrutura de rede e opções expandidas de terminais em diversas plataformas de aeronaves, com a provedora se posicionando para atender à crescente demanda por largura de banda na aviação executiva.

No mês passado (set.), a Gogo obteve a aprovação do STC da FAA para seu terminal Galileo HDX (half-duplex) na família de jatos executivos Dassault Falcon 2000, marcando a primeira certificação HDX para um jato executivo da Dassault. A modificação, desenvolvida em colaboração com a Dassault Falcon Jet em Little Rock, no Arkansas, abrange os modelos Falcon 2000EX/EX EASy/DX/LX/LXS e 200S. 

“O Falcon 2000 é exatamente o tipo de aeronave para a qual desenvolvemos o Gogo Galileo HDX”, disse Chris Moore, CEO da Gogo. A instalação requer duas unidades substituíveis em linha — a antena HDX e a plataforma AVANCE – e fornece conectividade através da rede de satélites de órbita terrestre baixa (LEO) OneWeb da Eutelsat.

Ainda no mês passado, a Gogo anunciou que sistema de antena de cauda Plane Simple Ka-band recebeu as aprovações de Certificado Tipo Suplementar (STC) da EASA para os jatos executivos Dassault Falcon 7X e 8X. Foram obtidos certificados STC da EASA, com previsão de aprovações em breve da FAA, Transport Canada e ANAC (Brasil). O sistema, que se conecta à rede geoestacionária GX em banda Ka da Viasat, já foi instalado em um jato Falcon 7X de propriedade privada.

No segmento de aeronaves de cabine grande, a Aloft AeroArchitects recebeu o primeiro Certificado Tipo Suplementar (STC) para instalação do sistema Gogo Galileo FDX (full-duplex) nos modelos BBJ1 e BBJ2 – baseados na plataforma Boeing Business Jet do modelo B.737NG, além das variantes BBJ-MAX. O terminal FDX oferece velocidades de download de até 195 Mbps e upload de até 32 Mbps e já foi instalado em um BBJ-737. “Isso demonstra claramente que a Gogo continua sendo a única empresa capaz de atender a todas as necessidades de conectividade operacional de uma aeronave, da frente à traseira, a partir de um único recurso”, afirmou Moore. Outros oito contratos de STC para sistema Galileo FDX estão em andamento, abrangendo um total de 24 tipos de aeronaves. 

A especialista de manutenção aeronáutica StandardAero tornou-se a primeira credenciada Gogo Galileo e apresentou simultaneamente dois Certificados Tipo Suplementar (STC) da FAA aprovando a documentação de sistemas HDX e FDX para o jato executivo  Bombardier Challenger série 600.

A StandardAero é uma fornecedora independente líder em serviços de pós-venda para motores aeronáuticos, incluindo manutenção, reparo e revisão geral (MRO) de motores, e de reparo de componentes de motores, com sede no Arizona (EUA).

Um total de 19 Certificados STC foram concluídos para o terminal Gogo Galileo HDX, abrangendo 24 tipos de aeronaves, com mais 21 certificados em desenvolvimento. Os 40 Certificados STC do sistema HDX, concluídos ou em desenvolvimento por meio da rede de distribuidores da Gogo e fabricantes, representam um aumento em relação aos 38 certificados registrados no final do segundo trimestre.

As instalações estão focadas em aeronaves “populares”, incluindo o Bombardier Challenger 300/350 e o EMBRAER Phenom 300.

A Gogo Aviation está trabalhando em aproximadamente em 30 Certificados STC adicionais para todo o seu portfólio de terminais.

Mais de 150 antenas Gogo Galileo HDX já foram despachadas para instalação, mais que o dobro das 77 registradas no final do segundo trimestre de 2025.

Fabricada pela Hughes, a antena de painel plano com alinhamento automático e direcionamento eletrônico se conecta à constelação LEO Eutelsat OneWeb.

O crescente portfólio de Certificados STC permite que mais de 9.000 jatos na frota global tenham acesso à tecnologia.

Além da conectividade via satélite, a Gogo está modernizando sua infraestrutura de rede ar-terra (ATG) com duas iniciativas paralelas. A nova rede 5G ATG da empresa conta com 170 torres capazes de atingir velocidades de pico de até 80 Mbps. “5G, serviços de banda larga de verdade para ATG, com velocidade superior a 30 Mbps … Essa rede já foi implantada em solo”, disse Moore para a AIN.

A Gogo está avançando em sua jornada 5G ar-terra (ATG), com a previsão de que os testes passem da validação terrestre para testes em vôo nas próximas semanas. A Gogo está pré-equipando aeronaves diariamente, com mais de 400 aeronaves já equipadas com a antena MB13 e o roteador AVANCE LX5 necessários para o acesso 5G. A rede 5G deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2026.

Simultaneamente, a Gogo está atualizando sua antiga rede Gogo Biz para a tecnologia LTE por meio de esforços de modernização financiados pela FCC. A rede LTE, composta por 256 torres, substituirá a rede ATG original da empresa, lançada em 2008. “Nossa rede LTE está realmente modernizando nossa rede clássica, sendo financiada pela FCC; o motivo é a modernização da rede, removendo alguns componentes externos”, explicou Moore.

A transição para o LTE exige atualizações obrigatórias de hardware para todas as aeronaves equipadas com os sistemas ATG 1000, 2000, 4000, 5000 e 8000 clássicos, bem como com as primeiras plataformas AVANCE. Após a migração em maio de 2026, os equipamentos legados deixarão de funcionar. A Gogo está oferecendo um desconto de US$ 35.000 na unidade de substituição LRU C1 para clientes que fecharem negócio antes de 31 de dezembro de 2025. O C1 fornece conectividade básica contínua e serve como uma ponte para operadoras que planejam futuras atualizações para sistemas AVANCE L3 ou L5 com capacidade LTE ou conectividade 5G.

Moore enfatizou a demanda das operadoras por maior largura de banda e redundância de rede. Em relação às necessidades de conectividade, “a maioria das operadoras [quer] largura de banda, [isso] mudou muito nos últimos cinco anos. Vemos mais capacidade de banda larga, [e elas] realmente têm esse avião-escritório no céu agora”, disse Moore à AIN. A estratégia multi-órbita da empresa permite que as aeronaves alternem entre redes LEO, geoestacionárias e ATG para conectividade contínua.

O serviço LEO da Gogo, com a marca Galileo, está se expandindo com terminais HDX e FDX, oferecendo capacidades de velocidade da sua conexão de internet de 60 Mbps (megabits por segundo) e 200 Mbps, respectivamente. “O FDX [oferece] toda a capacidade da rede Eutelsat”, observou Moore. E os serviços geoestacionários da empresa, utilizando as bandas Ku e Ka, continuam apresentando crescimento ano após ano. Moore destacou as vantagens da baixa latência da conectividade LEO para aplicações de videoconferência. “A diferença: com a baixa latência da LEO, o vídeo parece que estamos em terra”, disse Moore, observando que os operadores priorizam cada vez mais a produtividade durante o tempo de vôo, em vez de considerar a aviação executiva puramente como transporte ponto a ponto.

Para dar suporte às instalações, a Gogo mantém 13 escritórios globais e pode enviar pessoal para qualquer aeronave no mundo em até 24 horas. Os membros da equipe estão alocados nas instalações dos fabricantes de equipamentos originais (OEM), incluindo a americana Gulfstream em Savannah, na Georgia, a francesa Dassault em Little Rock, no Arkansas, a brasileira EMBRAER em Melbourne, na Flórida, e a canadense Bombardier em Montreal. A rede de revendedores da Gogo agora inclui 148 localidades.

No dia 13 (set.),  a StandardAero, fornecedora independente líder em serviços de pós-venda para motores aeronáuticos, incluindo manutenção, reparo e revisão geral (MRO) de motores, e de reparo de componentes de motores, com sede no Arizona, anunciou a conclusão dos Certificados Tipo Suplementar (STC) para a instalação de antenas Gogo Galileo HDX (half-duplex) e FDX (full-duplex) em aeronaves Bombardier Challenger série 600.

A StandardAero possui Autorização de Designação de Organização (ODA – Organization Designation Authorization) concedida pela FAA, o que permite à empresa emitir Certificado Tipo Suplementar (STC) em nome da FAA.

Até o momento, a StandardAero concluiu mais de 1.600 programas de STC para modificações de motores, fuselagens e aviônicos em diversas plataformas de aeronaves comerciais, executivas e helicópteros.

A Gogo Aviation selecionou a unidade da StandardAero em Springfield – no Aeroporto Abraham Lincoln Capital (KSPI) -, no Illinois,  para desenvolver o STC de instalação do sistema Gogo Galileo HDX e o STC de instalação do sistema Gogo Galileo com antena FDX para as aeronaves Bombardier Challenger série 600 – variantes 600/601/604/605/650 -, no início deste ano.

A instalação de sistema HDX foi concluída em um Bombardier Challenger 605 na unidade da StandardAero no “Abraham Lincoln Capital” (KSPI), enquanto a instalação de sistema com antena FDX foi concluída simultaneamente em um Bombardier Challenger 604 na unidade da StandardAero no Aeroporto de Van Nuys (KVNY), em Los Angeles, na Califórnia.

Antena de sistema Gogo Galileo FDX em um Bombardier Challenger 604 – pela StandardAero

“A adição de mais dois Certificados Tipo Suplementar bem-sucedidos da Gogo à nossa crescente lista de projetos do escritório ODA da StandardAero é mais um exemplo de como podemos entregar modificações necessárias aos clientes com mais rapidez”, disse Tony Brancato, presidente da StandardAero Business Aviation. “Estamos extremamente orgulhosos de compartilhar essa conquista com a Gogo e com os clientes que gentilmente disponibilizaram suas aeronaves para a instalação. Aguardamos ansiosamente a continuidade da parceria com a Gogo em seus próximos projetos de STC para 2026”, completou Brancato.

Os sistemas Gogo Galileo HDX e FDX oferecem conectividade à internet de alta velocidade e baixa latência em voo para toda a gama de aeronaves da aviação executiva em todo o mundo. Essas antenas de matriz faseada compactas, montadas na fuselagem, utilizam a rede de satélites de órbita terrestre baixa (LEO) OneWeb de nível empresarial da Eutelsat, projetada para mobilidade, oferecendo baixa variabilidade e desempenho consistente em todas as rotas globais.

“Estamos muito satisfeitos pela StandardAero ter garantido os Certificados Tipo Suplementar ão para uma, mas para duas das nossas antenas Gogo Galileo”, acrescenta Chris Moore, CEO da Gogo. “Este marco acelera a adoção, oferecendo a mais operadores opções de conectividade mais flexíveis. Também destaca a reconhecida experiência da StandardAero e o nosso compromisso partilhado em fornecer a próxima geração de conectividade a bordo. Com estes STC, os passageiros e tripulantes da aviação executiva podem otimizar a cobertura verdadeiramente global e o valor acrescentado do nosso suporte ao cliente, cibersegurança e amplo ecossistema de serviços de conectividade”, completou Moore.

A StandardAero está colaborando com a Gogo e com clientes interessados ​​das aeronaves Bombardier Global Express/XRS e Global 5000/6000/5500/6500/7500 para desenvolver os certificados STC da FAA para as antenas Gogo Galileo HDX e FDX, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2026.

“Os nossos clientes procuram especialistas em produtos e instalação de conectividade, e a confiança contínua da Gogo na StandardAero confirma que os operadores não precisam de procurar mais”, afirmou Brancato. “Estamos ansiosos para adicionar mais produtos de qualidade ao nosso portfólio, especialmente em uma categoria de modificação de alta demanda como a de aviônicos”, finalizou Brancato. [EL] – c/ fonte