Gulfstream Aerospace entrega 27 aeronaves no 3T23 e prevê entregas de mais de 60 aeronaves no 4T23, em 02.11.23


As entregas de aeronaves da Gulfstream Aerospace no 3T23 totalizaram 27 jatos, oito a menos (23%) na comparação ano x ano (3T23 x 3T22), e representaram um aumento de três entregas (12,5%) em relação ao trimestre anterior (2T23), à medida que fabricante continuou enfrentando os desafios da cadeia de suprimentos, informou a controladora General Dynamics (GD) no dia 25.

As entregas do terceiro trimestre incluíram 22 modelos de cabine larga (81,5%) e cinco de cabine média, abaixo dos 28 jatos cabine larga (-21,5%) e 7 jatos médios (-28,5%), no 3T22.

Como resultado, as receitas do grupo aeroespacial da GD – que inclui a Gulfstream e a Jet Aviation – caíram no terceiro trimestre em US$ 315 milhões (13,4%), para US$ 2,03 bilhões.

Os lucros operacionais do trimestre foram de US$ 268 milhões, traduzindo-se em uma margem operacional de 13,2%. Numa comparação sequencial com o segundo trimestre, a divisão aeroespacial experimentou um aumento tanto nas receitas (de US$ 79 milhões, ou 4%) como nos lucros operacionais (de US$ 32 mi, ou 13,6%).

Enquanto resolve os problemas contínuos da cadeia de abastecimento, que atormentam todas as fabricantes, a Gulfstream prevê mais de 60 entregas de aeronaves no quarto trimestre. No entanto, provavelmente não atingirá sua previsão de entrega de 145 unidades para 2023.

“Prevemos mais de 60 entregas no [quarto] trimestre, considerando que receberemos a certificação FAA [para o G700] antes do final do ano”, observou o CFO da GD, Jason Aiken. “Dito isto, como você pode ver, há uma incerteza considerável à medida que nos aproximamos da certificação”, ele completou.

O programa de testes e certificação de vôo do G700 está se aproximando da fase final. “Continuamos a planejar a certificação no quarto trimestre deste ano, dependendo em grande parte da disponibilidade de recursos da FAA e do crédito que a FAA possa conceder para vôos corporativos”, acrescentou Aiken. “Atualmente, estamos gastando a maior parte do nosso tempo de engenharia em relatórios finais e envio de dados”, ele revelou.

Apesar do declínio nas entregas, os responsáveis da GD estavam otimistas em relação à recepção de encomendas e ao fortalecimento dos resultados durante o ano. “Desfrutamos de um trimestre forte, especialmente à luz dos ventos contrários da cadeia de suprimentos e do mix de programas que o tempo irá curar”, comentou Aiken, durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre com analistas. “Estamos no caminho certo para entregar entre 40 e 45 aeronaves atualmente em serviço no quarto trimestre”, ele compartilhou.

O segmento aeroespacial garantiu US$ 2,9 bilhões em novos pedidos neste trimestre, com um book-to-bill de 1,44:1, elevando sua carteira de pedidos para US$ 20,1 bilhões.

“O que não podemos fazer ainda é declarar vitória nas questões da cadeia de abastecimento e dizer que no início do próximo ano estarão completamente resolvidas”, disse Aiken. “É necessário um pouco mais de tempo para ver qual será o impacto líquido nas perspectivas para 2024. Acho que teremos uma noção melhor disso em janeiro”, disse Aiken.

No terceiro trimestre, a GD reportou lucro líquido de US$ 836 milhões a partir de receitas de US$ 10,6 bilhões, o que equivale a um lucro diluído por ação (EPS/LPA) de US$ 3,04. O caixa líquido das atividades operacionais da empresa foi de US$ 1,3 bilhões, ou 158% do lucro líquido. Quando comparadas com o terceiro trimestre do ano anterior, as receitas aumentaram em US$ 596 milhões, ou 6%. O lucro operacional e o lucro líquido diminuíram em US$ 41 milhões (3,7%) e US$ 66 milhões, respectivamente, levando a uma queda de 6,7% no lucro por ação.

A demanda robusta levou a um crescimento substancial na carteira de pedidos da empresa. A General Dynamics divulgou que havia uma carteira de pedidos de US$ 95,6 bilhões em toda a empresa, a maior de sua história. O valor total estimado do contrato, que combina a backlog com os valores potenciais estimados dos contratos IDIQ e opções não exercidas, situou-se em US$ 132,9 bilhões no final do trimestre.

Durante a teleconferência de resultados, Bill Moss, vice-presidente e controlador da GD, disse: “Os sistemas marítimos e aeroespaciais lideraram o caminho com proporções book-to-bill de 2,3 e 1,4, respectivamente. Pelo segundo trimestre consecutivo, isso levou a uma carteira de pedidos de nível recorde: US$ 95,6 bilhões no final do trimestre, um aumento de 4,6% em relação ao último trimestre e de 7,6% em relação ao ano anterior”. [EL] – c/ fonte