IATA aponta para o lento crescimento de produção de SAF, com adiamentos de projetos e com números de produção em 2024 abaixo das estimativas, e associação insta governos a se comprometerem com políticas incentivadoras da produção de SAF, em 03.01.25
O editor-sênior da mídia AIN Curt Epstein escreveu post publicado no dia 2, na plataforma digital da mídia com notícia que um relatório recente da IATA (International Air Transport Association – associação do transporte aéreo internacional) sugere que o crescimento da produção de combustível de aviação sustentável (SAF) em 2024 não atendeu às estimativas anteriores.
Embora a produção mundial de SAF no ano passado tenha atingido 1 milhão de toneladas – 0,3% do combustível de aviação global produzido e o dobro da quantidade fabricada em 2023 – esse total ficou significativamente abaixo das estimativas que fixaram os volumes de 2024 em 1,5 milhões de toneladas métricas.
A IATA observou que as principais plantas de SAF no EUA adiaram seus aumentos de produção para o primeiro semestre deste ano, com a produção global total esperada para exceder 2 milhões de toneladas ou 0,7% da produção total de combustível de aviação.
Isso contrasta com uma avaliação feita no ano passado por Alejandro Moreno, um funcionário do Escritório de Eficiência Energética do DoE (Depto. federal americano de energia). Falando na North American SAF Conference and Expo (Exposição e Conferência de SAF da América do Norte) em Saint Paul, Minnesota, em setembro passado, Moreno observou que três anos após a administração Joe Biden ter emitido seu programa SAF Grand Challenge para a indústria de combustível do EUA para atingir uma meta de 3 bilhões de galões de produção de SAF puro por ano até 2030, a indústria está se esforçando.
“Quando definimos inicialmente, houve muitas discussões sobre se isso era muito ambicioso”, disse Moreno. “Agora estamos no caminho certo na extremidade inferior para atingi-lo e até mesmo excedê-lo”, disse Moreno à ocasião.
Existem agora 11 caminhos certificados para fabricar SAF, mas o processo HEFA – derivado de óleos e gorduras de cozinha, usados – será responsável por 80% do volume de SAF na próxima meia década.
A IATA acredita que a produção pode ser melhorada pelo investimento em outros caminhos.
“Os volumes de SAF estão aumentando, mas de forma decepcionantemente lenta”, disse o diretor geral da IATA, Willie Walsh. “Os governos estão enviando sinais mistos para as empresas de petróleo, que continuam a receber subsídios para sua exploração e produção de petróleo fóssil e gás”. Walsh acrescentou que os investidores em produtores de combustível de nova geração parecem estar esperando por “garantias de dinheiro fácil antes de tocar a todo vapor”.
Pelos seus cálculos, para atingir sua meta de emissões líquidas zero até 2050, a IATA vê uma necessidade de entre 3.000 e 6.500 novas usinas de combustível renovável globalmente, com uma despesa média anual de capital de US$ 128 bilhões.
“Os governos devem rapidamente fornecer incentivos políticos concretos para acelerar rapidamente a produção de energia renovável”, afirmou Walsh. “A boa notícia é que a transição energética, que inclui SAF, precisará de menos da metade dos investimentos anuais do que a realização da produção eólica e solar em escala exigiu”, completou Walsh. [EL] – c/ fonte