Indústria aeronáutica para aviação geral empreendendo processo para atender todo o movimento regulatório ambiental global, para meta de emissões líquidas zero de carbono até 2050, em 11.11.21


Durante o fórum “Construindo Departamento de Vôo Sustentável” promovido pela mídia AIN, Marc Eudin, diretor de assuntos governamentais da GAMA (associação de fabricantes aeronáuticos para a aviação geral) descreveu o processo que a indústria da aviação empreendeu para desenvolver sua meta de emissões líquidas zero de CO2 até 2050.

À medida que a comunidade da aviação executiva redefine seus objetivos de sustentabilidade com uma marcha em direção às emissões líquidas de CO2 zero até 2050, a Europa e o EUA estão se movimentando em direção a obrigações (obrigatoriedades) ambientais mais amplas com objetivos semelhantes e uma série de impostos, incentivos e projetos de pesquisa potenciais em discussão , de acordo com Marc Ehudin, representante da GAMA.

Falando durante o fórum na quarta dia 10, em Dallas, Ehudin forneceu uma visão geral dos esforços da indústria contra o pano de fundo das ações já tomadas ou em consideração na União Européia, no Reino Unido e EUA.

Durante a convenção anual da aviação executiva americana NBAA-BACE no mês passado, a indústria lançou um compromisso com novas metas sustentáveis ​​de longo prazo, incluindo a melhoria contínua da eficiência de combustível em 2% ao ano até 2030 e crescimento contínuo neutro em carbono a partir de 2020, junto com a meta de emissão líquida de carbono zero para 2050. Agentes da indústria continuam e se baseiam no sucesso das metas já estabelecidas em 2009, incluindo a redução das emissões de CO2 em 50% até 2050, relativamente ao previsto em 2005, melhorar a eficiência do combustível em 2% ao ano de 2010 até 202, e alcançar um crescimento neutro em carbono a partir de 2020.

As novas metas levaram mais de um ano sendo elaboradas, envolvendo uma colaboração cruzada estimulada pela Bombardier e envolvendo outros fabricantes e participantes da indústria, disse Ehudin, acrescentando que são o resultado e a consideração de vários fatores, desde avanços aerodinâmicos a novos tipos de propulsão, como advento de fonte elétrica ao combustível alternativo sustentável (SAF). Ehudin admitiu, porém, com base nos cálculos conservadores atuais, que a indústria ainda precisará fazer algumas compensações em 2050 para cumprir a meta. No entanto, é importante definir essa meta porque a mesma se alinha com as metas já definidas no EUA e na Europa. “Achamos que estamos indo bem; estamos tentando melhorar em relação a 2050”, salientou Ehudin.

A Europa está desenvolvendo uma proposta para “Fit for 55” – “Ajuste para 55” – que pede uma redução nas emissões líquidas de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990, com a ambição de colocar a Europa no caminho certo para se tornar o primeiro continente neutro para o clima até 2050. A Europa espera conseguir isso por meio de regras compulsórias (obrigações), uma dos quais envolvendo um imposto sobre o carbono que começaria com o equivalente a US$ 1,78/galão de combustível (US$ 0,47/litro) para a aviação executiva em 2023 e continuaria a partir daí. A iniciativa também exigiria a entrega de SAF – amplamente considerada crítica para atingir as metas da aviação executiva – para aeroportos com serviços comerciais. Ehudin expressou preocupação, no entanto, que os aeroportos de aviação geral também precisem ter acesso ao SAF.

Enquanto isso, o Reino Unido está buscando a meta “Jet Zero” para atingir emissão líquida zero para a aviação até 2050, buscando flexibilidade com várias soluções, liderança internacional e parcerias. Isso envolveria a geração de demanda e incentivos para SAF, entre outras iniciativas.

No EUA, uma série de recursos expandidos para programas de pesquisa foram lançados, bem como iniciativas para promover a expansão do SAF.

A Europa está mais focada em impostos e exigências, enquanto o EUA foca em incentivos. Embora a taxação (de impostos) sobre o carbono sejam discutidos no EUA, Ehudin não acredita que tal medida seja aprovada no Congresso nos próximos anos. No entanto, Ehudin acrescentou que o que está acontecendo na Europa chegará ao EUA e “precisamos nos concentrar no que podemos fazer hoje para nos tornarmos mais sustentáveis. Não vai ser fácil e não vai ser de graça”. [EL] – c/ fontes