INFRAERO firma contratos para manutenção em pistas em 3 aeroportos concessionados  da Zurich – Florianópolis (SC), Vitória (ES) e em São Gonçalo do Amarante/Natal (RN), em 13.06.24


Conforme sua nota no dia 03 no seu portal, a INFRAERO divulgou que os aeroportos Hercílio Luz (SBFL), em Florianópolis (SC), Eurico de Aguiar Salles (SBVT), em Vitória (ES) e Governador Aluízio Alves (SBSG), em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal (RN), passarão a contar com mais segurança de pista por meio de serviço técnico de manutenção a ser prestado pela INFRAERO em (3) contratos com a Zurich Airport Brasil para remoção de borracha de pistas de pouso e decolagem.

O prazo para execução dos serviços é de 30 dias corridos a partir da data de início solicitada pelas contratantes, seguindo as normas estabelecidas pela ANAC. Serão realizadas duas manutenções – uma em 2024 e outra em 2025 – dentro da vigência contratual de 24 meses (2 anos).

O aeroporto Hercílio Luz (SBFL), em Florianópolis (SC), tem pista principal (14/32) de 45 x 2.400 m., de asfalto (resistência de pavimento PCN 78), a cabeceira 14 em elevação de 17 pés e a cabeceira 32 a 14 pés (diferença de 3 pés/91 cm), para operação VFR diurna/noturna e IFR diurna/noturna (com procedimentos de não precisão para as duas cabeceiras e com sistema ILS CAT-I na pista 14); o aeroporto tem, justaposta à principal, pista secundária (03/21) de 45 x 1.320 m. (com deslocamento da cabeceira 21 de 140 m.), as cabeceiras 03 e 21 a 16 pés, de concreto (resistência de pavimento PCN 26), para operação VFR diurna exceto de aeronaves à reação (turbojato). O aeroporto pode ser utilizado regularmente por quaisquer aeronaves compatíveis com RCD 4E ou inferior.

Ao momento (09/06/2024), não há NOTAM publicado informando fechamento de pista para serviço de manutenção.

Pelos dados estatísticos do CGNA – Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, do DECEA, O “Hercílio Luz” (SBFL) operou 46.241 movimentos (pouso/decolagem) no ano de 2023, colocando o aeroporto na 19ª posição no ranking nacional, com alta de 7,2% sobre a movimentação de 2022 (com 40.227movimentos, 19ª posição no ranking nacional). A capacidade de pista do aeroporto é de 25 movimentos/hora.

O aeroporto Eurico de Aguiar Salles (SBVT), em Vitória (ES), tem duas pistas independentes (separadas), para operação VFR diurna/noturna e IFR diurna/noturna, a 02/20, de 45 x 2.058 m., de asfalto (resistência de pavimento PCN 86), a cabeceira 14 em elevação de 34 pés e a cabeceira 32 a 18 pés (diferença de 16 pés/4,9 m.), e a 06/24, de 45 x 1.750 m., de asfalto (resistência de pavimento PCN 45), a cabeceira 06 em elevação de 13 pés e a cabeceira 24 com TDZE a 13 pés. Todas as pistas operam procedimentos de aproximação de não-precisão (NPA), com procedimentos VOR para pistas 20 e 24, com procedimentos RNP para as quatro pistas, com operação nos modos LNAV e LANV/VNAV, as pistas 02 e 20 contando com procedimentos RNP-AR; a pista 24 opera com procedimento ILS CAT-I. O aeroporto pode ser utilizado regularmente por quaisquer aeronaves compatíveis com o RCD 4D ou inferior.

NOTAM B0972/24R (alteração do NOTAM B0971/24) de 07/05/2024, com validade de 08/05 até 30/067/2024, informa que a pista 02/20 está “fechada” para serviço de manutenção, no esquema diariamente de 02:00-08:00Z (23:00-05:00LT).

Pelos dados estatísticos do CGNA – Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, do DECEA, O “Eurico de Aguiar Salles” (SBVT) operou 44.468 movimentos (pouso/decolagem) no ano de 2023, colocando o aeroporto na 20ª posição no ranking nacional, com alta de 10,8% sobre a movimentação de 2022 (com 40.128 movimentos, 21ª posição no ranking nacional). A capacidade de pista do aeroporto é de 20 movimentos/hora.

O aeroporto Governador Aluízio Alves (SBSG), em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal (RN), tem pista 12/30, de 60 x 3.000 m., de asfalto (resistência de pavimento PCN 70), com cabeceira 12 com TDZE a 273 pés e cabeceira 30 à elevação de 264 pés (diferença de 9 pés/2,74 m.), para operação VFR diurna/noturna e IFR diurna/noturna (com procedimentos de não precisão para as duas cabeceiras e com sistema ILS CAT-I na pista 12). O aeroporto pode ser utilizado regularmente por quaisquer aeronaves compatíveis com o RCD 4E ou inferior.

Pelos dados estatísticos do CGNA – Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, do DECEA, O “Governador Aluízio Alves” (SBSG) operou 18.144 movimentos (pouso/decolagem) no ano de 2023, colocando o aeroporto na 40ª posição no ranking nacional, com queda de 0,4% sobre a movimentação de 2022 (com 18.220 movimentos, 39ª posição no ranking nacional). A capacidade de pista do aeroporto é de 30 movimentos/hora.

Ao momento (09/06/2024), não há NOTAM publicado informando fechamento de pista para serviço de manutenção.

O serviço de desemborrachamento é a implementação de um processo de remoção ou retirada da borracha acumulada na superfície dos pavimentos das pistas, para preservar ou restaurar a funcionalidade operacional. Trata-se de uma atividade no âmbito de manutenção realizada por hidrojateamento, que remove a borracha deixada na pista (pavimento) pelas aeronaves no momento do pouso, sem danificar a superfície do pavimento, obedecendo um Programa de Manutenção Preventiva, executado periodicamente, com auxílio de muita água limpa, produtos e equipamentos especiais. Geralmente, o Programa de Desemborrachamento, está intimamente ligado ao Programa de monitoramento e medição dos coeficientes de atrito do pavimento de pista de pouso e decolagem.

Defeitos relacionados com a derrapagem de aeronaves abrangem características de textura, empoçamento e condição de superfície por emborrachamento. Vários fatores afetam a funcionalidade operacional de pavimentos aeroportuários, principalmente, na resistência à derrapagem em superfícies molhadas:
– profundidade (T) da macrotextura da superfície do pavimento (> ou < perda de energia ao contato com os pneus);
– natureza (áspera ou lisa) da microtextura dos agregados da superfície do pavimento (que permite ou não ruptura da lamina d’água);
– grau de contaminação da superfície dos pavimentos por borracha (emborrachamento);
– existência de depressões e trilhas de rodas (acúmulo de água) na superfície do pavimentos; e,
– adequabilidade da inclinação longitudinal e transversal do pavimentos da pista (para rápido escoamento de água.

Uma pista (pouso/decolagem) deve ser projetada, construída e mantida de forma a atender requisitos de atrito e textura superficial de resistência à derrapagem de aeronaves, visando evitar a perda de controle direcional e de frenagem, particularmente em superfície molhada.

A INFRAERO utiliza equipamentos e técnicas específicas, como sistema de hidrojateamento de ultra alta pressão, medição de atrito com equipamento Grip Test e macrotextura com sistema de manchas de areia. Os caminhões contam com um sistema de alto rendimento, que remove borracha e pintura por meio de jatos d’água de alta pressão, com mecanismo moderno que reduz o tempo de interdição de pátios e pistas, diminuindo o impacto operacional. O processo eleva o índice de atrito entre a aeronave e o solo, aumentando a segurança das operações. Além de mais eficiente, o novo equipamento é ecologicamente correto, pois utiliza menos água, além de fazer a reutilização do líquido, com o sistema sendo capaz de aspirar a água com resíduos, que é filtrada e utilizada na mesma operação.

Equipamento padrão desemborrachamento consiste de um caminhão dotado de bomba de hidrojateamento (de alta pressão), especialmente projetado para aeroportos, com especificações técnicas por autoridades e organizações internacionais. Os seguintes acessórios integram uma estação-caminhão de bomba de hidrojateamento (de alta pressão):
– pistolas de jateamento;
– “chuveiro” rotativo; e,
– mangueiras, bocais, comando de pé, etc.

Uma bomba de hidrojateamento (de alta pressão), conforme diâmetro de pistão (e determinado curso) e o ajuste de vazão, por motor (kW x HP) permitirá uma pressão de jato.

Os procedimentos para a remoção e retirada de borracha acumulada na superfície de pavimente de pista são simples, porém sendo requeridos de cuidados especiais e de segurança. Entre outros, podem ser citados:
– regiões de trabalho demarcadas no pavimentos da pista têm que estar livres de graxa ou óleo;
– a colocação em operação do equipamento obedece a um “check-list” de vários itens operacionais, inclusive, da escolha e regulagem da pressão inicial de trabalho da bomba;
 – a utilização das pistolas de hidrojateamento e a manipulação do chuveiro rotativo (comumente chamada de “enceradeira”) são feitas por áreas demarcadas, com passadas repetidas tanto transversal como longitudinalmente nos trechos de pavimento das pistas, até que ocorra o desprendimento da borracha;
– na seqüência, as regiões de pavimento onde houve a retirada da borracha são lavadas com água e as vezes com solução detergente diluída; o processo é repetido nas áreas demarcadas da pista até a remoção total da borracha;
– a borracha removida e que ficou acumulada na região de trabalho é recolhida para sua destinação final; e,
– concluído o trabalho de remoção e retirada da borracha do pavimento, a superfície fica pronta para iniciar a medição de atrito (serviço necessário para a verificação do nível de aderência pneu-pavimento, de modo a garantir a segurança das operações) e, posteriormente, a pista é liberada para a operação normal de aeronaves.

“Oferecemos soluções sob medida para responder com eficácia às demandas do mercado aeroportuário, otimizando processos, melhorando o controle e a segurança da gestão e da operação aeroportuária”, destaca o superintendente de soluções de mercado da INFRAERO, Rodrigo Medeiros.


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