LABACE 2025 supera as expectativas da organizadora ABAG quanto a público, negócios e mobilização de toda cadeia do setor, em 12.08.25


A redatora de notícias da AIN Amy Wilder repercutiu, em post no dia 11 na plataforma online da mídia, os resultados da última edição (a 20ª) da feira de aviação latino-americana – LABACE 2025, que aconteceu entre os dias 05 e 07 em São Paulo/Brasil. Na edição 2025, a feira estreou um novo endereço: o aeroporto para aviação geral “Campo de Marte” (SBMT), após ter sido sempre sediada no Aeroporto de Congonhas (SBSP).

A 20ª edição da Conferência e Exposição Latino-Americana de Aviação Executiva (LABACE – Latin American Business Aviation Conference & Exhibition) atraiu 14.157 visitantes no Aeroporto Campo de Marte, superando as expectativas para a maior feira de aviação executiva da América Latina. Organizado pela Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), o evento contou com 54 aeronaves em exposição estática e mais de 150 expositores.

A ABAG observou que o Brasil continua sendo um dos maiores mercados de aviação executiva do mundo, com operações diversificadas, uma robusta rede aeroportuária e de navegação aérea, além de uma força de trabalho qualificada, apoiada por centros de treinamento estabelecidos. No entanto, a ABAG alertou que diversos fatores ameaçam a competitividade do setor. A associação citou preocupações específicas, incluindo [1] a alíquota comum do IBS/CBS, um imposto seletivo sobre a importação de aeronaves e peças, [2] a cobrança IPVA (imposto sobre propriedade) cobrado por Estado (exceto para serviços aéreos públicos), [4] limites operacionais relacionados a ESG e [5] escassez de mão de obra técnica especializada, e [6] potenciais impactos tarifários e medidas recíprocas na questão comercial EUA-Brasil, recente.

Grande público lotou os pavilhões de exposição e o parque de exposição de aeronaves da LABACE, e os expositores relataram grande atividade e tráfego de alta qualidade de empresários, operadores, executivos e participantes do setor.

A TAM Aviação Executiva (TAM AE) anunciou nove vendas de aeronaves durante a feira, e a Airbus registrou sua primeira venda brasileira do H140, seu mais novo helicóptero na categoria com cauda em “T”.

A ABAG projeta que negócios preliminares superiores a US$ 150 milhões em aeronaves, equipamentos e serviços serão finalizados nas próximas semanas, com um valor equivalente esperado até o final do ano em negócios impulsionados pela feira.

“A LABACE reafirma seu papel como vitrine da aviação executiva no Brasil e na América Latina”, disse o CEO da ABAG, Flávio Pires. “Mais do que uma exposição, é uma feira que gera oportunidades reais e impulsiona toda a cadeia do setor. Estamos muito satisfeitos com a recepção, o alto nível de visitantes e a clara demonstração de que a aviação geral é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento econômico do país”, prosseguiu Pires. “A aviação executiva é essencial para a conectividade e o desenvolvimento econômico do Brasil”, afirmou Pires. “Precisamos garantir um ambiente regulatório que incentive o investimento, preserve a segurança operacional e reconheça o papel estratégico do setor para o país”, Pires completou.

Pires observou que sediar a LABACE no “Campo de Marte” abriu oportunidades de expansão, incluindo vôos de demonstração e permitindo que os visitantes cheguem e decolem em suas próprias aeronaves.

A edição de 2026 da LABACE retornará “Campo de Marte” de 04 a 06 de agosto do próximo ano.

Os dados mais recentes da ABAG apontam para um forte primeiro semestre de 2025 para o setor de aviação executiva do Brasil. O tráfego aéreo cresceu 32% em relação ao ano anterior, o maior volume desde 2020. A frota também cresceu, com aumento de 18% em jatos, 13% em turboélices e 10% em helicópteros a turbina. A ABAG prevê que o setor atingirá um milhão de vôos no Brasil até o final do ano.

Em complemento ao post da articulista da AIN, dados de estatística de tráfego aéreo do CGNA/DECEA, relativamente à aviação geral, mostram:

1 – ano de 2023: total de 936.732 movimentos de aeronaves, sendo 663.177 movimentos da segmento de asa fixa (70,8%) e 273.555 movimentos da segmento de asa rotativa (29,2%), uma média de 78.061 mov./mês (sendo 55.262,75 mov./mês e 22.796,25).

No primeiro semestre do ano, foram 457.408 movimentos (48,8% do total), com média mensal de 76.234,67 movimentos, sendo 323.112 movimentos de avião (70,6% do total), com média mensal de 53.852 mov., e 134.296 movimentos de avião (29,4% do total), com média mensal de 22.382 mov.

2 – ano de 2024: total de 987.851 movimentos de aeronaves, com alta de 5,5% sobre 2023, sendo 704.728 movimentos da segmento de asa fixa (71,3%), com alta de 6,3% sobre 2023, e 283.123 movimentos da segmento de asa rotativa (28,7%), com alta de 3,5%, uma média de 82.320,9 mov./mês (sendo 58.727,3 mov./mês e 23.593,6 mov./mês).

No primeiro semestre do ano, foram 472.730 movimentos (47,9% do total), com média mensal de 78.788,33 movimentos, com alta de 3,3% sobre 2023, sendo 334.785 movimentos de avião (70,8% do total), com média mensal de 55.797,50 mov., com alta de 3,6%, e 137.945 movimentos de avião (29,2% do total), com média mensal de 22.990,83 mov., com alta 2,7%.

3 – no primeiro semestre de 2025 (1S25): a parcial do ano soma 510.243 movimentos (média mensal de 85.040,5 mov.), com alta de 7,9% sobre 1S24, sendo 352.049 movimentos de avião (58.674,8 mov./mês), com alta de 5,2% sobre 1S24, e 158.194 movimentos de helicópteros (26.365,67 mov./mês), com alta de 14,7% sobre 1S24. [EL]