LABACE tem a 12ª edição em endereço novo – no aeroporto da aviação geral “Campo de Marte”, em SP -, com maior número de expositores e de aeronaves em exposição, em 02.08.25


Em post na plataforma online da AIN no dia 31, o colaborador para América do Sul da mídia Richard Pedicini divulgou a 12ª edição da feira de aviação executiva latino-americana LABACE, que acontecerá nos dias 05 a 07 de agosto de 2025, no Aeroporto Campo de Marte (SBMT), em São Paulo, novo endereço do evento anual, após 11 edições sediadas no Aeroporto Congonhas (SBSP), também na capital paulista.

Além do novo endereço, a LABACE 2025 terá um maior número de participantes-concorrentes.

Leonardo Fiuza, presidente da ABAG – Associação Brasileira da Aviação Geral, organizadora da feira, descreve a mudança do Aeroporto de Congonhas (SBSP), sua sede de longa data, como “positiva”. Fiuza explicou ainda que a área de exposição no “Campo de Marte” será quase três vezes (2,895) maior, passando de 38.000 m² no ano passado em Congonhas, para 110.000 m² neste ano.

Fiuza também observou que a área é “completamente plana e o pavimento é liso. Isso facilita a montagem dos estandes, facilitando o trabalho da equipe de produção, e é muito mais agradável para quem visita a feira”.

No “Campo de Marte”, a LABACE manterá seu caráter diferenciado, com estandes a uma curta caminhada do estande estático, permanecendo sediada em área densa da cidade. O “Campo de Marte” fica ao norte de Congonhas, mas ainda oferece fácil acesso ao centro comercial e é bem servido por restaurantes. O novo local também fica ao lado do centro de convenções do Anhembi, o maior da cidade.

Embora a mudança tenha sido o “Plano B” da ABAG por muitos anos, a transferência ainda sim exigiu preparação. Um exemplo foi a determinação da resistência da pista do Campo de Marte (SBMT) um aeródromo antigo da cidade, que envolveu engenheiros coletando amostras de núcleo do pavimento (de asfalto) da pista à noite — um esforço financiado e supervisionado pela ABAG.

Em elevação de 2.372 pés, o “Campo de Marte” (SBMT) tem pista de 45 x 1.600 m. (com distâncias operacionais de 1.300 m. – TORA pista 30 e LDA pista 12 – e 1.450 m. – TORA pista 12 e LDA pista 30), de asfalto com resistência de pavimento PCN 16 e resistência de subleito baixa, para operação VFR (havendo alternativa de VFR Especial – Teto mínimo de 1.200 pés)..

Fiuza admitiu: “Ainda não há procedimento IFR, mas está em fase final com o DECEA”, o órgão brasileiro de controle do espaço aéreo.

O pátio que será utilizado para a feira está sob a administração da FAB, que Fiuza elogiou pela cooperação e apoio à LABACE.

Uma das novidades da LABACE 2025 é o “Primeiro Encontro Nacional de Segurança de Vôo da Aviação Geral”, com duração de um dia inteiro, no dia 04, véspera da abertura da feira. Entre os tópicos a serem discutidos estão “as delicadas relações entre proprietários de aeronaves e pilotos” durante o painel de abertura intitulado “Quando o piloto precisa dizer não”.

Embora o número de expositores aumente no número de 8 (5,6%), de 144 para 152, e o de aeronaves em exposição estática suba no número de 4 (9,1%), de 44 para 48, esse número ainda está abaixo dos recordes históricos.

Entre os expositores estarão a Airbus Helicopters, a EMBRAER, a Cirrus Aircraft e a Piper Aircraft, e mais a Aeromot (Diamond Aircraft), a Líder (Honda Aircraft), a Synerjet (Pilatus Aircraft) e a TAM Aviação Executiva (Textron Aviation).

A TAM Aviação Executiva (TAM AE), representante da Textron Aviation (das marcas Cessna e Beechcraft) e da Bell Textron, será novamente a maior expositora da LABACE, com seis aviões e dois helicópteros em exposição. Fiuza, que também é presidente da TAM AE, prometeu a exposição do bimotor turboélice Cessna SkyCourier, que já opera no Brasil e é a primeira operação do modelo na América Latina, como destaque da exposição estática da empresa.

Mas a feira terá a ausência das grandes fabricantes da aviação executiva à jato Bombardier, Gulfstream Aerospace e Dassault Falcon, que marcaram presença e foram expositoras na feira de aviação executiva Catarina Aviation Show, que aconteceu em maio, no São Paulo Catarina Aeroporto Executivo (SBJH), aeródromo privado executivo em São Roque (SP). Na feira, a Airbus chegou a levar o ACJ TwoTwenty.

Em elevação de 2.549 pés, o “Catarina Aeroporto Executivo” (SBJH) tem pista de 33 x 2.470 m. (2.298 m. para decolagem-TORA e 2.125 m. para pouso-LDA), de asfalto com resistência de pavimento PCN 30 e resistência de subleito média, para operação IFR.

Questionado se a LABACE está perdendo a liderança para a feira iniciante Catarina Aviation Show, Fiuza afirmou que “as feiras atendem a públicos diferentes, embora haja uma intersecção”.

Fiuza descreveu a LABACE como “mais comercial” e atraente para fornecedores da indústria, enquanto o Catarina Aviation Show  é voltado para o público comprador. Por exemplo, a LABACE inclui expositores como a Pratt & Whitney Canada e a fornecedora de combustíveis BR (Vibra), além de setores como o de aviônicos. O público do Catarina é exclusivo para convidados, sendo selecionados dentre os clientes da JHSF, empresa do mercado de construção-imobiliário de luxo proprietária do aeroporto. Muitos rostos conhecidos da LABACE estavam ausentes da “platéia”, segundo Fiuza.

O Catarina Aviation Show é uma criação do ex-presidente da ABAG (e ex-organizador da LABACE, Francisco Lyra, e a Heli XP, uma concorrente em ascensão da LABACE no segmento de asas rotativas, é comandada pelo ex-gerente de operações da LABACE, Gledson Castro, que também iniciou diversas feiras regionais relacionadas. Fiuza deixou claro que a LABACE não quer comer seus ‘filhos’ e afirmou que o mercado de aviação executiva no Brasil cresceu além de uma única feira. [EL]