Lançamento de 24 mil litros de água em 16 viagens de avião ajuda a combater incêndio no Parque Estadual do Rio do Peixe, na região de Dracena e Presidente Venceslau, em SP, numa área atingido por fogo equivalente a 300 hectares, em 28.09.21

Fonte: g1 – 27/09/2021
O combate ao incêndio que destruiu uma área de 300 hectares de vegetação no Parque Estadual do Rio do Peixe, em SP, no fim de semana, contou com o auxílio de um avião, contratado pela Fundação Florestal, que fez 16 viagens e lançou um total de 24 mil litros de água sobre os focos de chamas. Segundo a Fundação Florestal, o incêndio teve início na manhã de sábado (25) e foi controlado ainda no domingo (26), por volta das 12h, em Ouro Verde (SP). Depois do controle do fogo, foram realizadas ações de rescaldo na área atingida. Esse trabalho continuou nesta segunda (27) pelas equipes de monitoramento para evitar a reignição de focos no local.

A área atingida pelo fogo corresponde a aproximadamente 300 hectares, metade dos quais formada por vegetação rasteira (braquiária) e o restante composto por mata de reflorestamento e por matas ciliares. Não há registro de animais mortos.

Criado pela Companhia Energética de São Paulo em 2002 como forma de compensação pela construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, protege ecossistemas de várzeas do rio do Peixe, um afluente do rio Paraná. Sua área se estende pelos municípios de Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi, a noroeste do Estado de SP, próximo com a divisa do MS, delineada pelo rio Paraná. A região constitui o “Pantaninho paulista” e é um dos últimos locais onde ainda existe o cervo-do-pantanal no Estado. A espécie de maior destaque natural dessa região é o Cervo-do-Pantanal, maior veado da América do Sul que chega a medir 2 m.

Em 2021, a Fundação Florestal investiu mais de R$ 11,5 milhões, provenientes de recursos próprios e da Câmara de Compensação Ambiental, na Operação “Corta-Fogo”. O montante é utilizado para a implementação e a manutenção de aceiros, além da contratação de bombeiros civis, aeronaves e equipamentos de proteção individual, entre outras medidas.

Segundo a Fundação Florestal, estudos apontam que a maior parte dos incêndios florestais é decorrente de ação antrópica, ou seja, causada pelo homem de maneira acidental ou intencional. “O descuido humano ou a negligência são fatores que aumentam a probabilidade de ocorrências de eventos de fogo sem controle. Em 2020, por exemplo, mais de 90% dos 274 focos tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas”, salientou o órgão estadual que é o responsável pelo Parque Estadual do Rio do Peixe.