Líder da Daher e presidente em fim de exercício da GAMA, Nicolas Chabbert descreve o progresso da indústria aeronáutica da aviação geral em 2021, em 14.01.21
Apesar do clima geral “bastante sombrio” no início de 2021, as primeiras previsões de fortalecimento do mercado se confirmaram no ano passado e os fornecedores que previram e se anteciparam estão mais bem preparados para lidar com a alta de demanda, falou Nicolas Chabbert, vice-presidente sênior da divisão de aeronaves da Daher e CEO da Aeronave Kodiak e presidente em final de mandato da GAMA – General Aviation Manufacturers Association (Associação de Fabricantes da Aviação Geral).
Antes do evento anual de imprensa “State of the Industry” (O estado da indústria) da GAMA, no próximo mês, ainda na condição de presidente da entidade Chabbert forneceu para a mídia AIN uma visão geral das atividades da associação em 2021 e como ela se posiciona para os próximos desafios.
O presidente e CEO da EMBRAER Executive Jets, Michael Amalfitano, está assumindo o cargo de novo presidente da GAMA para 2022, em sucessão a Chabbert.
Chabbert observou o clima pessimista que prevaleceu quando a GAMA se preparou para sua conferência de imprensa anual “State of the Industry” em fevereiro passado. “Posso ter surpreendido muitos desse briefing anual – realizado virtualmente em 2021 por causa da pandemia de Covid-19 – falando sobre os sinais de recuperação e pedindo a prontidão da cadeia de suprimentos para acompanhar um eventual aumento na demanda”, observou Chabbert. E os resultados ao longo do ano confirmaram essa perspectiva com aumentos nas entregas de turboélices e jatos executivos e helicópteros nos primeiros três meses.
“Os fornecedores que anteciparam a melhoria do mercado estão claramente melhor posicionados hoje para atender seus clientes durante o aumento da produção que agora é uma realidade”, Chabbert pontua.
Chabbert também aponta em 2021 o progresso feito em outras áreas, incluindo iniciativas de metas climáticas. Ele observou a nova meta da indústria de neutralidade de carbono até 2050, que se baseia no Compromisso da Aviação Executiva sobre Mudanças Climáticas estabelecido em 2009. A nova meta foi um acordo intersetorial entre GAMA, NBAA e a IBAC (International Business Aviation Council – Conselho Internacional de Aviação Executiva).
“Alcançar este acordo não envolveu apenas um envolvimento em todo o espectro de fabricantes aeronáuticas [novos produtos] para desenvolver soluções realistas que equilibrem crescimento econômico, progresso e tecnologia; também exigiu alguma persuasão com os céticos do clima [meio ambiente] em certos círculos influentes”, disse Chabbert.
O líder da Daher Aircraft foi encorajado ainda que a voz da aviação geral e da aviação executiva tenha sido ouvida “em alto e bom som” sobre os principais tópicos em ambos os lados do Atlântico durante a pandemia. O reconhecimento da GAMA como uma organização internacional cresceu, reforçando os diálogos da associação com a Agência de Segurança da Aviação da União Européia (EASA) e outras instituições reguladoras e partes interessadas européias, principalmente na frente de certificação, disse Chabbert.
Ao mesmo tempo, Chabbert acrescentou que a representatividade da GAMA cresceu com a adesão de mais players multinacionais, incluindo Airbus Corporate Jets, a Leonardo Helicopters e a Safran Helicopter Engines, entre outros. [EL] – c/ fontes
