Líderes das NBAA e AOPA expressam urgência em combustível alternativo para AvGas (100LL), diante da pressão ambiental, em 22.01.22

A aviação geral está em um “momento divisor de águas” quando os aeroportos começam a proibir a oferta de gasolina aeronáutica de octanagem, com baixo teor de chumbo, a gasolina 100LL, e a EPA (Environmental Protection Agency/Agência de Proteção Ambiental) estabelece um cronograma com a data limite de 2023 para descoberta de uma alternativa ao combustível com chumbo, alertou o presidente e CEO da Associação de Proprietários e Pilotos de Aeronaves (AOPA) Mark Baker.
Enfrentando a necessidade de permanecer a frente dos esforços, os líderes do setor esperam definir um novo prazo para encontrar um combustível substituto da AvGas nas próximas semanas, acrescentou Baker.
Falando nesta quinta (20) durante webinar da NBAA intitulado “Big Year, Big Issues for Operators – CEOs’ Perspectives”/“Grande Ano, Grandes Problemas para Operadores – Perspectivas dos CEO”, Baker e o presidente e CEO da NBAA Ed Bolen concordaram que os recentes esforços para banir o combustível com chumbo aumentaram a urgência de encontrar um novo combustível substituto imediato na base da simples troca (drop-in). Ao mesmo tempo, esses esforços ressaltam a importância da FAA permanecer engajada para garantir a segurança da frota, acrescentaram dos dois líderes.
“Todos concordamos que precisamos nos afastar do baixo chumbo”, disse Baker, mas proibir o acesso, como o que o Condado de Santa Clara, na Califórnia, fez nos aeroportos de Reid-Hillview e San Martin, é um problema de segurança operacional. Baker está animado com o fato da FAA ter aberto uma investigação deste movimento mas disse que há “um longo caminho a percorrer”.
Bolen acrescentou que um esforço para banir as AvGas “se enquadra em vários títulos: esta é uma questão aeroportuária, é uma questão econômica, é uma questão de sustentabilidade, mas antes de tudo é uma questão de segurança”.
Bolen ressaltou que, embora tenha havido progresso, “não há um caminho claro para a frota em todo o país. O que estamos trabalhando é para garantir que tenhamos a oportunidade de fazer uma transição cuidadosa e suave, para que tenhamos uma alternativa [de combustível, à AvGas] que seja e troca pura e simples [drop-in], que esteja disponível e que tenhamos a distribuição”.
Baker observou que uma seção transversal da indústria tem trabalhado para resolver isso em várias frentes e “espero que no próximo mês aqui, teremos algumas datas concretas e um cronograma definitivo”. Baker acrescentou que isso ajudará a garantir que a indústria tenha um caminho/roteiro para atingir seu objetivo. “Esperamos que toda a indústria concorde que a mudança ocorrerá em um cronograma que faça sentido para que possamos proteger nossos aeroportos”, disse Baker.
A segurança é a principal prioridade, já que muitas aeronaves a pistão ainda deverão operar com AvGas (100LL), mas uma preocupação secundária é que as comunidades, principalmente na Califórnia, usem o problema “como uma desculpa para fechar um aeroporto ou realmente restringir um aeroporto”.
Também urgente é a descoberta de ameaça iminente, Baker disse. “A pressão da EPA com prazo por uma alternativa assustará muitas pessoas e será lançada muito em breve. Isso assustará muitos gerentes de aeroportos e comunidades que dizem que precisamos fazer [a AvGas – 100LL] desaparecer mais cedo”, disse Baker.
Bolen concordou e disse que encontrar uma alternativa não é uma surpresa, mas ressalta a necessidade de conveniência. “Estamos trabalhando com todos até o secretário do Departamento de Transportes para garantir o envolvimento, e se precisarmos envolver o Congresso nisso … para dar a certeza que todos concordamos em abandonar o combustível a base de chumbo o mais rápido possível, o mais rápido seguramente, o mais brevemente economicamente possível, [faremos] isso”, disse Baker.
Bolen acrescentou que esta é uma questão de “linha de frente”, dizendo: “Estamos trabalhando duro para isso”. [EL] – c/ fontes