Líderes empresariais (também pilotos) americanos revelam objeções à privatização de serviço de controle de tráfego aéreo aventada por editorial do WSJ, em 03.08.23
Em post na mídia AIN no dia 25, a editora Kerry Lynch escreveu que um editorial recente do jornal Wall Street Journal (WSJ) endossando o conceito de privatização do controle de tráfego aéreo (ATC) americano levantou preocupações entre os líderes empresariais de que esta solução poderia ganhar força novamente. Os líderes são de empresas como Green Burrito, Advantage Technologies, Commonwealth Eye Surgery e Restaurant Equipment World, entre outros.
De acordo com Lynch, o Conselho editorial do WSJ escreveu um nota descrevendo os atrasos das cias. aéreas neste verão e apontando comentários citando o trabalho do serviço de controle de tráfego aéreo (ATC) como contribuinte para esses problemas.
“Isto ilustra porque os EUA se beneficiariam com a separação do controle de tráfego aéreo do governo, como países como o Canadá fizeram com efeito salutar. O controle de tráfego aéreo poderia depender de taxas de usuários, em vez de impostos, e não hospedar políticas de interesses especiais”, Lynch reproduziu trecho do editorial do WSJ.
Lynch aponta que, em resposta ao editorial do WSJ, 10 líderes empresariais, que também são pilotos, se reuniram para escrever uma carta conjunta dizendo que discordam dessa “solução rápida”, e acrescentaram: “Entendemos as práticas comerciais eficazes e conhecemos o sistema de aviação em primeira mão, por isso sabemos por que esse conceito foi rejeitado repetidas vezes”.
Os 10 líderes empresariais signatários de resposta ao WSJ se opões e se colocaram contrários ao conceito de retirada do controle de tráfego aéreo (ATC) da supervisão do governo e entregá-lo a um Conselho privado que poderia “escolher vencedores e perdedores”. Os líderes também observaram a segurança, eficiência e diversidade do sistema de tráfego aéreo e ATC do EUA.
O sistema ATC americano é o maior, mais seguro, mais eficiente e mais diversificado sistema do mundo, sustentaram os líderes. “Sistemas privatizados em outros países têm históricos com instabilidade de financiamento (inclusive durante o Covid-19), interrupções de vôos, greves e atrasos”, escreveram os líderes empresariais.
Richard Shine, CEO da Manitoba Corporation e signatário da carta, disse para a AIN: “Sinto fortemente que essa idéia é um erro para o nosso país” e detalhou suas experiências de problemas de cobrança com a NAV Canada (provedora contratada pelo Estado para provisão de serviços de navegação e controle de tráfego aéreo). Observando que o editorial foi uma reformulação de conceitos que foram cogitados por anos, Shine disse que seu medo é que isso possa se tornar uma questão-chave mais uma vez. [EL] – c/ fonte