Monomotor Cessna 210, sem matrícula, ingresso no espaço aéreo brasileiro de forma clandestina, próximo da fronteira com o Peru, é interceptado pela FAB nas proximidades de Humaitá (AM), em 29.09.24


Conforme nota no dia 17, a FAB informou que, na tarde do dia 26 (quinta-feira), interceptou, nas proximidades de Humaitá (AM), um avião monomotor Cessna 210, sem matrícula, que invadiu de forma clandestina o espaço aéreo brasileiro, próximo da fronteira com o Peru.

Sob a coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), caças A-29 “Super Tucano” foram acionados imediatamente ao identificar a movimentação criminosa pelo radar do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA), interceptando a aeronave às 16h (horário de Brasília) – 15h no horário local.

Durante a execução das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) a Defesa Aérea ordenou a realização das Medidas de Interrogação, Mudança de Rota e Tiro de Aviso (TAV) e a aeronave, sem plano de vôo e sem qualquer intenção de colaborar, ignorou as ordens. Demonstrando total desprezo pela lei, pouco antes de ser avisado que seria abatido, os criminosos adotaram manobras desesperadas com a aeronave e realizaram um pouso forçado nas proximidades de Humaitá (AM), a cerca de 320 MN a sudoeste de Manaus e de 90 MN a nordeste de Porto Velho (RO), um Estado divisando a sudoeste com a Bolívia, e a 320 MN a nordeste de Rio Branco (AC), em Estado que divisa com Bolívia e Peru. Em solo, em razão de apagar rastros, os criminosos a bordo incendiaram o avião e fugiram às pressas.A coordenação triangular – FAB, Polícia Federal e novas tecnologias de monitoramento dos céus – vem se provando hábil contra os inimigos que desafiam o Estado brasileiro. Nesse caso, inclusive, já foram detectadas informações importantes sobre a aeronave envolvida.

O major-brigadeiro do ar João Campos Ferreira Filho, chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, ressaltou a eficácia da missão: “A prontidão da Força Aérea Brasileira é permanente e a nossa habilidade de receber e interpretar dados, assim como de coordenar com as agências do Governo é crescente”, declarou.

Essas ações integram a Operação Ostium, parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), com o objetivo de sufocar atividades criminosas na fronteira, em cooperação com a FAB e Órgãos de Segurança Pública (OSP), conforme o Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004.