MPOR se reúne com todas as 12 operadoras-concessionárias aeroportuárias, juntas, para tratar de ações para o fortalecimento da aviação comercial do país, como a ampliação de rotas regionais e internacionais, os investimentos e melhorias nos terminais, em 28.02.24
Conforme nota postada no dia 20 no seu portal institucional, do governo federal, o Ministério de Portos e Aeroportos reuniu os presidentes das 12 concessionárias que administram 59 aeroportos brasileiros, representando 99% do mercado, na primeira vez de uma reunião conjunta com todas as operadoras-concessionárias aeroportuárias.
O encontro, realizado no dia 20, nas dependências do MPOR, serviu para Governo Federal e administradores aeroportuários apresentarem ações para o fortalecimento da aviação comercial do país, como a ampliação de rotas regionais e internacionais, os investimentos e melhorias nos terminais concedidos à iniciativa privada. A previsão é que as concessionárias invistam mais de R$ 20 bilhões nos próximos anos.
Importante passo para inserir a agenda aeroportuária como prioridade de desenvolvimento da economia, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, indicou que o diálogo com os gestores dos aeroportos reforça o compromisso do governo de contar com a parceria privada para promover aos brasileiros melhores serviços e maior oferta de vôos.
Costa Filho lembrou que a parceria com os agentes privados tem gerado dados positivos para o setor.
A aviação civil comercial brasileira fechou 2023 com 112,6 milhões de passageiros transportados no mercado doméstico e internacional, valor 15,3% superior ao total observado em 2022. “No último ano, conseguimos um crescimento acima de dois dígitos na aviação. Até 2026, nosso objetivo é que a aviação brasileira transporte mais 140 milhões de passageiros”, Costa Filho adicionou.
Na reunião, o ministro Silvio Costa Filho também defendeu cada vez mais a integração entre as concessionárias, o Ministério do Turismo e a EMBRATUR. “Para que cada vez mais possamos trazer mais turistas e vôs internacionais para o Brasil”, destacou Costa Filho.
Para acompanhar as demandas do setor aéreo, o ministro Costa Filho sugeriu a criação de um grupo de trabalho da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério de Portos e Aeroportos com concessionárias privadas e a INFRAERO com objetivo de identificar e criar rotas de transporte aéreo a partir de aeroportos regionais.
“Ampliar o modal aéreo para regiões onde não tem operação vai de encontro como nosso plano de universalização do transporte aéreo, que ampliar a malha brasileira e diminuir o preço da tarifa aérea”, destacou o ministro.
Manter um diálogo constante e unificado com o setor é importante para identificar oportunidades de melhorias na logística de transporte aéreo do país e para criar um ambiente favorável para ouvir as demandas dos passageiros desse modal.
A Aeroportos do Brasil (ABR) consiste na única associação representativa de todos os aeroportos federais concedidos. As operadoras-concessionárias associadas da ABR controlam 59 aeroportos responsáveis por mais de 93% da movimentação de passageiros e por 99% da carga aérea transportada no país. São 12 as concessionárias aeroportuárias associadas à Aeroportos do Brasil (ABR), sendo:
1 – AENA Brasil,
2 – Aeroportos Brasil Viracopos,
3 – BH Airport (com Zurich e CCR)
4 – CCR Aeroportos,
5 – COA – Centro-Oeste Airports (com SOCICAM e SINART),
6 – Fraport Brasil,
7 – GRU Airport,
8 – Inframerica,
8 – PAX Aeroportos,
9 – RIOgaleão (com a Changi Airports),
10 – VINCI Airports, e,
11 – Zurich Airport Brasil.
Para Fábio Rogério Carvalho, presidente da ABR – Aeroportos do Brasil, é um muito valioso esse tipo de encontro para “apresentamos nossas pautas, mostrar os investimentos que vamos fazer ao longo do ano de 2024 e para os próximos anos apresentando também os nossos esforços em ESG, na certeza de que temos muito a contribuir e colaborar com o Brasil, especialmente aqui com a pasta do ministro Silvio”, afirmou.
Jorge Arruda, presidente da Inframerica, concessionária do aeroporto de Brasília, o terceiro maior do país, indicou que “é fundamental, a gente como setor, manter um diálogo aberto com o Governo Federal”. Arruda disse que espera que esse seja o primeiro de muitas reuniões produtivas.
“Essa agenda nos aproxima do Ministério para que a gente possa apresentar um plano claro dos investimentos que a gente planeja fazer e para a gente passar as demandas do setor também. Um setor muito importante, fundamental para infraestrutura do Brasil, com demandas muito importantes a curto médio e longo prazo”, indicou Ricardo Gessi, presidente da Zurich Brasil.
Para Alexandre Monteiro, presidente da RioGaleão, “o encontro de hoje vai fazer com que concessionárias e o Ministério de Portos e Aeroportos possam trabalhar juntos no desenvolvimento do setor aeroportuário. Certamente essa primeira reunião abrirá caminho para que muitas outras possam ser realizadas durante esse ano”, ressaltou.
Responsável por administrar 59 terminais no país, as 12 concessionárias privadas já investiram cerca de R$ 28,5 bilhões em melhorias de infraestrutura e serviços aos usuários. Atualmente, os aeroportos concedidos são responsáveis por transportar cerca de 92% dos passageiros no mercado doméstico e internacional e 99% do total de carga aérea transportada. Desde o início das concessões, foram criados cerca de 150 mil empregos diretos.