MTU produzirá células de combustível de hidrogênio para aeronaves do transporte regional, em 21.06.23


A MTU Aero Engines lançou nesta semana planos para desenvolver um sistema de propulsão de célula de combustível de hidrogênio para aeronaves regionais para transporte de passageiros. A fabricante alemã de motores de aeronaves apresentou seu conceito Flying Fuel Cell (FFC) – Célula de combustível para vôo – nesta segunda dia 19 na feira aeronáutica Paris Air Show, confirmando que agora aumentará sua equipe de 100 engenheiros enquanto trabalha para colocar o sistema em serviço comercial em 2035.

De acordo com Stefan Weber, vice-presidente sênior de engenharia e tecnologia da MTU, a fabricante alemã (com sede em Munique) espera aumentar o desempenho do FFC de hidrogênio líquido para permitir vôos de curta e média distância em aeronaves maiores até 2050. “O FFC reduz o impacto [do vôo] no meio ambiente em até 95%, então é praticamente zero”, disse Weber.

O motor elétrico para o sistema FFC está sendo desenvolvido pela EmoSys, que desde abril é subsidiária da MTU.

Os motores da fabricante alemã já são usados em aplicações como automotiva, corrida de carros, trilhos e ciência médica. O motor tem um diâmetro de apenas 300 mm (12 polegadas) e pesa cerca de 40 kg (88 lb.). A empresa o projetou para produzir uma potência contínua de 600 kW e uma densidade de energia de 15 KWh/kg.

O engenheiro-chefe da MTU para o sistema FFC Barnaby Law disse que “o motor tem eficiência extraordinariamente alta em potência de decolagem contínua e produz cargas térmicas relativamente baixas”. Ele revelou que o motor é refrigerado a fluido e pode operar em temperaturas de até 85°C e pode ser instalado em configurações multi-stack (“multipilha”).

O trabalho no projeto FFC recebeu apoio do centro de pesquisa aeroespacial DLR da Alemanha. Uma aeronave turboélice dupla Dornier Do-228 de propriedade da DLR serve como plataforma de tecnologia e demonstrador de vôo. As parceiras planejam substituir um dos dois motores turboélice do Do-228 por um trem de força de 600 KW usando energia da nova célula de combustível da MTU.

Os testes de solo serão processados entre agora e meados da década de 2020, quando a equipe FFC espera iniciar os testes de vôo.

A MTU já iniciou discussões com a agência EASA para estabelecer os requisitos de aprovação para o sistema de propulsão.

A MTU Aero Engines está entrando em um setor que até agora tem sido amplamente explorado por start-ups como a ZeroAvia e a Universal Hydrogen, que estão trabalhando para converter aviões regionais existentes em propulsão elétrica. [EL] – c/ fonte