NBAA pede mais colaboração da FAA na questão da interferência da rede 5G para operadoras da aviação geral, em 04.02.22
Apesar do progresso que a FAA fez ao permitir que as transportadoras aéreas de serviço comercial operem em um ambiente com interferência de celular 5G, o presidente e CEO da NBAA (a associação americana de aviação executiva), Ed Bolen, disse que o lançamento da rede 5G Banda C criou “desafios e incertezas significativos” para as operações da aviação geral, incluindo proibições contínuas (permanentes) de aproximações em condição de baixa visibilidade em áreas com implantação da rede 5G.
Bolen expressou essa preocupação em um comunicado fornecido para a audiência do subcomitê de aviação do Congresso federal americano nesta quinta dia 03, sobre a implantação da 5G no EUA.
“A FAA deve ser elogiada por seu trabalho de aprovar Métodos Alternativos de Conformidade [AMOCs] que permitem que a maioria das aeronaves comerciais operem com segurança em aeroportos onde há potencial para interferência 5G”, disse Bolen. “No entanto, a FAA emitiu apenas mitigações limitadas para aeronaves e helicópteros executivos até o momento”, ressaltou Bolen.
Observando que a implantação da 5G deve se expandir em todo o país, Bolen pediu que a FAA dedique os recursos necessários para apoiar os AMOCs para a aviação geral. Bolen enfatizou a necessidade de mais colaboração com os provedores de telecomunicações e a Comissão Federal de Comunicações (FCC) numa implementação contínua. Atualmente, um processo AMOC não pode ser uma solução permanente, pois exige da FAA a re-emissão das aprovações a cada 30 dias, absorvendo recursos significativos.
“À medida que novas torres de 5G entram em operação, a FAA deve revisar os dados para determinar se os AMOCs existentes ainda mantêm um nível adequado de segurança ou se são necessárias modificações”, explicou Bolen. Isso significa que os recursos da FAA não estarão disponíveis para operações e fabricantes da aviação geral.
“Se os provedores de telecomunicações puderem compartilhar dados sobre locais de torres e planos de implantação com a FAA assim que estiverem disponíveis, a agência poderá gerenciar o processo AMOC de forma mais proativa e dedicar recursos adicionais aos operadores de aviação geral”, disse Bolen, para completar: “À medida que o lançamento da 5G continua em todo o país, a FAA enfrentará uma carga de trabalho crescente para revisar e reemitir AMOCs a cada mês”.
A NBAA acredita que uma colaboração adicional fornecerá à FAA uma melhor visibilidade dos impactos futuros da rede 5G Banda C. [EL] – c/ fontes