No atual cenário da produção de SAF ainda insuficiente para atender às necessidades, incluindo das obrigações impostas em políticas governamentais, relatório da IATA pede mudanças na política de SAF e aponta que, em vez de promover o uso do SAF, mandatos para este uso da Europa tornaram o combustível renovável cinco vezes mais caro do que o combustível de aviação convencional, com custo adicional de US$ 4,4 bi para o volume de produção prevista superando 2 milhões de ton., em 13.06.25

Em post no dia 11 na plataforma online da AIN, o editor de serviços de aviação executiva Curt Epstein repercutiu relatório de sustentabilidade da aviação recente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Epstein escreveu que o relatório da IATA prevê que a produção mundial de combustível de aviação sustentável (SAF) puro (sem mistura) ultrapassará 2 milhões de toneladas (660 milhões de galões) neste ano. Isso ainda equivale a menos de 1% do consumo total de combustível das cias. aéreas no ano.
“Embora seja encorajador que a produção de SAF deva dobrar para 2 milhões de toneladas em 2025, isso representa apenas 0,7% das necessidades totais de combustível da aviação”, disse o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, acrescentando que mesmo essa quantia minúscula adicionará US$ 4,4 bilhões ao custo de combustível dos clientes. “O ritmo do progresso no aumento da produção e no ganho de eficiência para reduzir custos deve acelerar”, apontou Walsh.
O relatório observou que a maior parte do SAF está sendo direcionada para a Europa, que viu a introdução generalizada de mandatos (obrigações) de uso de SAF no início do ano. Em resposta aos mandatos impostos e às taxas de conformidade associadas, a IATA declarou que o custo do SAF para as cias. aéreas locais dobrou, tornando-o até cinco vezes mais caro do que o querosene convencional (fóssil) – o JET-A.
“Isso destaca o problema da implementação de mandatos antes que haja condições suficientes e antes que as salvaguardas estejam em vigor contra práticas de mercado irracionais que aumentam o custo da descarbonização”, disse Walsh. “A Europa precisa perceber que sua abordagem não está funcionando e encontrar outra maneira”, Walsh emendou.
Walsh chamou a atenção para três áreas onde a ação governamental é necessária:
– criar políticas mais eficazes, como subsídios para apoiar o crescimento do SAF;
– garantir a alocação adequada da produção de energia renovável para o SAF; e,
– aceitar o esquema CORSIA como o único programa baseado no mercado para lidar com as emissões de CO2 da aviação internacional.
O CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme por International Aviation – Esquema de redução de Compensação de carbono da aviação internacional) é o programa da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) para a redução e compensação de emissões de CO2 provenientes dos vôs internacionais. Seu objetivo é atingir o crescimento neutro de carbono, ou seja, que as emissões sejam estabilizadas nos níveis observados em 2020, sem que o setor aéreo precise parar de crescer. [EL] – c/ fonte