Operações de aeronaves executivas caem na América do Norte, Europa e Oriente Médio e crescem no restante do mundo em 2024, pelos dados da Argus International, em 29.01.25
A editora da revista mensal AIN Kerry Lynch, em post no dia 27, repercutiu os dados da publicação 2024 Business Aviation Review (Revisão da aviação executiva 2024) da provedora de dados de inteligência por rastreamento da Argus International.
Em 2024, a atividade de vôos de aeronaves executivas global foi mista em 2024, com as operações norte-americanas diminuindo 1,8% na base de comparação ano x ano (YoY) e 5,1% na Europa em 5,1%, mas a maior parte do resto do mundo se fortalecendo, de acordo o relatório da Argus International.
Na América do Norte, as contrações de mercado do segmento de transporte PART-135 diminuíram e as operações de compartilhamento (PART-91K) continuaram a se fortalecer. No entanto, os vôos do segmento de transporte PART-91 no EUA continuam retraídos. O segmento de aeronaves largas também segue retraído, informou a Argus.
O mês mais forte em termos de operações de vôos de aeronaves executivas continuou sendo outubro – e o mais fraco em janeiro – nos últimos dois anos.
A atividade de operação compartilhada (PART-91K) disparou em 2024, crescendo 10,6%. Isso representou um ganho anual de 60.983 vôos. Em outro sentido, a atividade do segmento do transporte privado (PART-91) caiu 4,8%, com 78.231 vôos a menos, e a atividade do segmento do transporte por fretamento (PART-135) caiu 3,5%, com 45.249 vôos a menos.
Por categoria de aeronave, aeronaves de cabine média voaram 0,9% a mais de voos anuais. No entanto, essa foi a única categoria a ver ganhos. As operações de cabine larga experimentaram a maior queda de 6,9%, com operações de turboélice caindo 2% e aeronaves leves em 1,7%.
Na Europa, o mês de pico para operações foi julho nos últimos dois anos. Embora os vôos tenham diminuído, a Argus observou que os últimos dois meses mostraram sinais de estabilização, o que “é um sinal positivo para 2025”.
A atividade de vôos de aeronaves executivas no Oriente Médio despencou 20,1% em 2024, apesar de melhora ao longo do ano – o último trimestre teve alta de 3,9% YoY, mas o mesmo período em 2023 teve queda de 31,7% em relação ao ano anterior.
Enquanto isso, a América do Sul teve um ganho de 7,7% nas operações de aviação executiva em 2024, com o Brasil respondendo por 72,9% da atividade na região.
As operações de aviação executiva na América Central aumentaram 12%.
A atividade de vôos executivos na Ásia aumentou 9,1%.
A região da Oceania – Austrália e Nova Zelândia – teve um ganho de 21,7%, com dezembro marcando uma melhora de 41% sozinho.
As operações de aeronaves executivas na África aumentaram 0,3% em 2024.
“A aviação executiva parece ter finalmente se estabilizado em seu normal após todos os picos e vales em torno da Covid, já que os últimos dois anos foram bastante consistentes”, observou a Argus. “Certamente vimos ganhos significativos na atividade de compartilhamento no EUA, juntamente com um mercado crescente na Austrália e um mercado saudável na América Central … Continuamos a ver dificuldades no mercado europeu, e o Oriente Médio registrou declínios consideráveis em 2024”, completou a Argus na sua análise. [EL] – c/ fonte