Operadora privada britânica de vôos charteres instalando a plataforma de conectividade de satélite Starlink, da SpaceX, em sua frota de jatos executivos, atendendo tendência de mercado da conectividade de alta largura de banda como um diferencial de serviço cada vez mais importante para as operadoras, em 06.06.24


Em notícia divulgada por editor-chefe da AIN Charles Alcock, em post do dia 30, a operadora privada britânica de vôos charteres Opul Jets está instalando a plataforma de conectividade de satélite Starlink, da SpaceX, em sua frota. A expectativa da operadora é que o sistema forneça velocidades de transferência de dados, de download variando de 40 a 220 Mbps e de upload de 8 a 25 Mbps, com latência (diferença de tempo entre o início de um evento qualquer e o momento de sua resposta, ou simplesmente atraso de resposta) inferior a 99 milissegundos.

A primeira instalação será em jato Global Express XR, com configuração de 16 assentos/pax. A instalação do hardware do sistema Starlink foi concluída durante verificações de manutenção pela ACC Columbia, na Alemanha, apoiada pela Starlink Aviation, subsidiária da SpaceX, usando um Certificado Tipo Suplementar (STC/CST) da americana Nextant Aerospace. O equipamento inclui uma antena, uma fonte de alimentação e um par de pontos de acesso sem fio (roteadores).

A frota totalmente Bombardier da Opul inclui uma mistura de jatos médio, supermédio e ultralongo alcance. Mas a operadora está em processo de adição de um jato leve Cessna Citation CJ2.

A Opul Jets opera a partir de bases no Aeroporto Biggin Hill, em Londres, no Aeroporto Ronaldsway, na Ilha de Man, no Aeroporto Internacional Al Maktoum, em Dubai e em Mumbai, na Índia. Suas operações são conduzidas sob certificados de operador aéreo detidos pela SaxonAir Charter, com sede no Reino Unido, e pela Av8Jet Charter, em Malta.

O CEO do grupo, Harry Ackerman, disse para a AIN que está trabalhando para adquirir um detentor de um AOC (ou COA – Certificador de Operador Aéreo) baseado em um Estado-membro da EASA para dar aos Opul Jets (do Reino Unido) acesso irrestrito ao mercado da União Européia. Ackerman disse que esta mudança permitirá basear aeronaves da frota em toda a Europa e também ter acesso a tripulações certificadas localmente. A empresa também está adquirindo o FBO Jet Center, na Ilha de Man, que está sendo modernizado.

De acordo com Tomás Camprubí, diretor administrativo da divisão britânica da corretora charter Luna Jets, a conectividade de alta largura de banda é um diferencial de serviço cada vez mais importante para as operadoras. Camprubí disse que o custo de instalação e prestação de serviços foi reduzido significativamente com a entrada de alternativas aos sistemas de banda Ka em órbita geoestacionária, como o Starlink, de órbita terrestre baixa (LEO – low-earth-orbit). O sistema custa US$ 150.000 (sem instalação) e os custos mensais do serviço variam de US$ 2.000 por mês por 20 GB por e mais US$ 100/GB adicionais e global ilimitado por US$ 10.000 por mês.

“Até agora, neste ano, a demanda por vôos tem estado bastante estável, mas estamos vendo um aumento de 20% nas reservas antecipadas para a temporada de verão”, comentou Camprubí. “Trinta por cento [30%] dos nossos clientes possuem suas próprias aeronaves e nos procuram para necessidades de viagem adicionais”, observou Camprubí. [EL] – c/ fonte