Operadores de aeronaves enfrentam múltiplos riscos no espaço aéreo de Israel (espaço aéreo em raio de 200 MN de Tel Aviv sendo classificado como de risco) – mísseis representam uma ameaça para aeronaves em todas as altitudes, alertam analistas de segurança, em 23.10.23


O editor-chefe da mídia AIN on line Charles Alcock escreveu artigo no dia 16 abordando que o espaço aéreo sobre Israel e os países vizinhos está se tornando cada vez mais perigoso para o tráfego aéreo, de acordo com analistas de segurança que monitoram o conflito iniciado pelas forças do grupo Hamas baseadas em Gaza no dia 07.

As operações da aviação executiva dentro e fora do Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv (LLBG) estão efetivamente suspensas, com acesso limitado no aeroporto a vôos regulares e vôos fretados.

Durante uma gravação de webinar distribuída na manhã do dia 13 (sexta), o diretor de inteligência da Osprey Flight Solutions, Matthew Borie, alertou os operadores sobre o risco de uma aeronave civil ser abatida inadvertidamente por mísseis de defesa aérea de longo alcance e alta altitude disparados por grupos, apoiados pelo Irã, no Líbano ou Síria.

As agências reguladoras da aviação do EUA, Europa, Reino Unido e Canadá alertaram sobre os riscos contínuos de mísseis e interferência de sinal de satélites em um raio de 200 MN de Israel.

No dia 12, a Força Aérea de Israel atacou os aeroportos sírios em Aleppo e Damasco, destruindo pistas para evitar vôos militares de reabastecimento de seus inimigos. Com a expectativa de novos ataques aéreos e a perspectiva de uma iminente invasão terrestre israelense de Gaza, os operadores foram alertados para esperar um ambiente perigoso nas regiões de informações de vôo de Tel Aviv (LLLL), Damasco (OSTT), na Líbia, e Beirute (OLBB), no Líbano, por um período prolongado.

A Dyami Security Intelligence também alertou seus clientes para manterem um alto grau de vigilância se operarem em ou sobre Israel e arredores. Em particular, aconselhou os operadores a terem planos robustos de segurança e de contingência em vigor caso enviem tripulações e passageiros para a região.

De acordo com a Autoridade de Aviação Civil de Israel, a agência está monitorando de perto a situação militar para determinar se uma nova escalada poderá exigir o “fechamento” do Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv.

Libby Bahat, ministro de transporte de Israel, disse que os volumes de tráfego estão sendo restringidos para mitigar o risco de ter várias aeronaves na rampa reabastecendo ou carregando passageiros ao mesmo tempo. Numa declaração escrita, Bahat disse que até o momento não houve nenhum ataque direto com mísseis no principal aeroporto de Israel. Ele explicou que os controladores de tráfego aéreo civis e militares estão trabalhando nas mesmas unidades para garantir que o Iron Dome da Força de Defesa de Israel e o sistema de defesa aérea David’s Sling não representem uma ameaça às aeronaves civis. Ele acrescentou que, para evitar erros humanos, esses sistemas possuem proteção integrada para evitar que os mísseis interceptem aeronaves em rotas designadas de chegada e partida, que são separadas.

Enquanto isso, a fabricante americana Gulfstream Aerospace indicou que a fabricação do jato executivo supermédio G280 pela sua parceira Israel Aerospace Industries (IAI) não foi até agora afetada pelo conflito. Em suas instalações em Beersheva, a cerca de 60 milhas ao sul de Tel Aviv, a IAI fabrica a fuselagem, a empenagem e o trem de pouso, e também cuida da montagem final das asas fornecidas pela Spirit AeroSystems.

“Estamos monitorando a situação atual em Israel”, disse uma porta-voz da Gulfstream para a AIN. “A segurança de nossos funcionários, parceiros e clientes é nossa maior prioridade. Entramos em contato com o IAI e sabemos que as instalações estão ilesas no momento”, completou a porta-voz. [EL] – c/ fonte