Pesquisadores holandeses vêem aeronave elétrica de nove assentos em serviço até 2026, em 04.03.22


Segundo artigo de Gregory Polek na mídia AIN deste último 01, um estudo apresentado recentemente pelos pesquisadores holandeses da NACO/Royal Haskoning DHV e Royal NLR à Câmara dos Deputados da Holanda concluiu que a primeira aeronave elétrica de nove passageiros poder chegar ao mercado de curta distância AAM (Advanced Air Mobility/Mobilidade Aérea Avançada) até 2026, trazendo a aviação sustentável para um passo a frente importante.

A Holanda estabeleceu uma meta de eletrificar totalmente a aviação de curta distância até 2050.

Segundo os autores da pesquisa, a parcela das emissões globais de CO2 da aviação pode aumentar de 2% para mais de 20% até 2050 se as políticas permanecerem inalteradas.

Encomendado pelo Ministério da Infraestrutura e Gestão das Águas, o estudo é o primeiro a dar atenção integrada ao ecossistema da aviação das partes interessadas e todos os aspectos técnicos, logísticos, energéticos e financeiros que desempenham um papel no projeto da aviação elétrica. Por exemplo, o estudo considerou a disponibilidade dos dispositivos e baterias, o layout e a logística nos aeroportos, a tecnologia de carga de baterias, as instalações de energia (renováveis) e os custos.

Os desafios relacionados às aeronaves de motorização elétrica incluem o desenvolvimento de baterias, a certificação de novas aeronaves e o dimensionamento da produção para atender à demanda. Em solo, as dificuldades incluem adaptar a infraestrutura, legislação e regulamentos, estabelecer fontes de energia sustentáveis ​​e responder ao pico de demanda de energia durante cargas. Apesar dos entraves, os pesquisadores sustentam a conclusão de que aeronaves elétricas, com capacidade para até 19 passageiros em rotas de até 200 km/108 MN poderiam assumir plenamente o papel da aviação convencional.

Os pesquisadores usaram a programação de vôos entre Aruba, Bonaire e Curaçao (as três ilhas ABC do arquipélago de origem holandesa ao norte da costa venezuelana) como exemplo de como quantificar o impacto da introdução do vôo elétrico em termos de infraestrutura, demanda de energia e custos. O estudo fornece informações sobre os investimentos e os custos operacionais da conversão do tráfego aéreo comercial entre as três ilhas em três fases: [i] uma fase de uma adoção de pequena monta do tráfego eletrificado iniciada em 2026, [ii] uma fase com a redução do tráfego aéreo convencional (conforme registro de 2019) em 50% em 2030 e [iii] migração totalmente até 2035 para tráfego eletrificado.

Com o conhecimento adquirido com a análise, o Ministério da Infraestrutura holandês acredita que poderá mapear as possibilidades na Holanda. [EL] – c/ fontes