Petrobras reajusta combustíveis aeronáuticos com aumento de preços sobre outubro de 2% no QAv e de 0,5% na AvGas, com alta acumulada dos valores médios no ano de 2,7% (QAv) e 18,3% (AvGas), em 03.11.24
No dia 01, noticiário econômico divulgou o reajuste pela Petrobras em cerca de 2% do preço médio do querosene de aviação (QAv) para venda para distribuidoras em novembro, ante o mês anterior, conforme a informação prestada pela empresa. A alta do preço médio de novembro, que corresponde a um acréscimo aproximado de R$ 0,07 por litro, ocorreu após duas reduções consecutivas em setembro e outubro, conforme a informação divulgada pela Petrobras.
Os ajustes do QAv da Petrobras ocorrem todo mês, conforme previsto em contratos.
O noticiário também informa que a Petrobras registra, apesar do reajuste majorativo deste mês, uma redução acumulada no ano de 14,7%, o que representa um decréscimo de R$ 0,60/litro em relação ao preço de dezembro de 2023. Comparando com dezembro de 2022, a redução acumulada dos preços do QAv pela Petrobras, na venda nas refinarias para as distribuidoras, neste ano até novembro foi de 31,4%, equivalente a um decréscimo de R$ 1,60 por litro, pelas informações da Petrobras.
A Petrobras comercializa o combustível produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos empresas de distribuição e abastecimento em aeroportos, para operadores aéreos, incluindo as transportadoras comerciais.
A Petrobras divulgou sua tabela mensal de preços de venda de combustíveis às distribuidoras à vista, sem tributos, por local e modalidade da venda, a partir de 01/11/2024.
Com base na nova tabela de preços de venda de combustíveis de aviação – querosene de aviação (QAv) e gasolina de aviação (AvGas) – nas refinarias, nos principais pontos de vendas do país, em outubro, temos o quadro (abaixo), em que verificamos:
[1] – o valor médio reajustado do QAv, em 10 praças, passou de R$ 3,425/litro (com redução de R$ 0,341/litro) para R$ 3,494/litro, com um aumento de 2% (R$ 0,069/litro) entre outubro e novembro.
O valor médio reajustado do QAv, em 10 praças, de R$ 3,494/litro para novembro, uma queda de 5,39% sobre o valor de janeiro, resulta valor médio no ano (entre janeiro e novembro) de R$ 3,793/litro, com uma alta de 2,7% no ano.
[2] – nas 10 praças para distribuição, o valor reajustado mínimo foi de R$ 3,3627/litro (com aumento de 1,98% entre nov./out.) em São Luís (MA); o valor máximo foi R$ 3,603/litro (com redução de 1,99%), em Canoas (RS).
[3] – na região norte, a única praça com distribuição de QAv para abastecedoras é Belém (PA), com preço de venda em outubro de R$ 3,4679/litro (com reajuste de 1,99% entre nov./out.).
Na região nordeste, com as três praças de distribuição em São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Ipojuca (CE), o preço de venda médio (em ETM) em novembro é de R$ 3,39217/litro.
Na região sudeste, com as quatro praças de distribuição em Betim (MG), Duque de Caxias (RJ), Guarulhos (SP) e Paulínia(SP), o preço de venda médio (em LPA) em novembro é de R$ 3,51237/litro.
[4] – o valor reajustado da AvGas, apenas numa praça – Cubatão (SP) – passou de R$ 5,7918/litro (com redução de R$ 0,599/litro) para R$ 5,8192/litro (com aumento de R$ 0,027/litro), um aumento de 0,47% na comparação de outubro para novembro.
O valor médio reajustado do QAv, em 10 praças, de R$ 5,8192/litro para novembro, é de alta de 18,28% sobre o valor de janeiro, e de alta de 16,18% do valor médio no ano (entre janeiro e novembro).
A gasolina de aviação teve um aumento (pelo valor médio) de 21% em 2022 e de 9,53% em 2023, com uma alta acumulado nesse biênio (pelo valor médio) de 15,88%. Neste ano (11M24), a AvGas tem uma alta 16,18% e alta acumulado (pelo valor médio) no triênio (2022/23/24) de 10,24%.
PETR – preços de venda de combustíveis às distribuidoras à vista, sem tributos, por local e modalidade da venda:
https://precos.petrobras.com.br/web/precos-dos-combustiveis#outros
A Petrobras também divulga que comercializa o QAv produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. A Petrobras ressalta que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAv.