Piper “Saratoga” estoura pneu de trem de pouso principal e “escapa” pela lateral de pista em pouso no “Flores”, em Manaus/AM, em 10.12.22


No dia 04 (domingo) o monomotor Piper PA-32R-301T “Saratoga” de matrícula PR-CMC (registro de produção sn 3257339, fabricação 2004) decolou do aeródromo público de Flores (SWFN), em Manaus/AM, com a finalidade de vôo local panorâmico, com três ocupantes (dois passageiros e um piloto).

No pouso, às 15:47Z (11:47LT), após o toque na pista, o pneu esquerdo estourou e a aeronave saiu da pista pela esquerda, em seguida o trem de pouso esquerdo colidiu com um degrau de uma taxiway e foi danificado. O avião sofreu dano substancial, os três ocupantes não tiveram ferimento.

A ocorrência está listada no painel SIPAER, de CENIPA, como acidente de estouro de pneu e de excursão de pista. Os trabalhos relativos à investigação aeronáutica (pelo CENIPA) da ocorrência estão em andamento, o avião foi liberado para o operador.

O avião Piper PA-32R-301T de matrícula PR-CMC (registro de produção sn 3257339, fabricação 2004) é propriedade e operado por uma Pessoa Jurídica (clínica médica), sendo registrado na categoria do transporte privado. O avião á aprovado para até cinco passageiros e MTOW de 1.633 kg, para operação IFR diurno/noturno. O Certificado de Aeronavegabilidade (CA) foi emitido em dezembro de 2017, o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) tem validade até dezembro.

Em elevação de 203 pés, o aeródromo público de Flores (SWFN) opera pista 11/29 de 30 x 799 m. (com distância operacional de decolagem de 799 m. para as duas pistas), de asfalto (com resistência de pavimento para aeronaves com até 5.700 kg), para operação VFR diurna. À época, o aeródromo operava com pista de 830 m. (cerca de 31 m. a mais do que hoje, após aparentemente deslocamento de cabeceira). Aeronave decolando é requerida de contato compulsório com o APP-Manaus antes de iniciar a decolagem. ROTAER informa, para decolagem da pista 11, de Flores, a presença a ser observada de antena de microondas com topo à altitude de 507 pés (304 pés AGL) ligeiramente a direita do eixo de decolagem.

Ao momento da decolagem, o tempo nos aeródromos vizinhos – o aeroporto Eduardo Gomes (SBEG), a 2,6 MN a NW, em elevação de 264 pés, e a Base Aérea de Ponta Pelada (SBMN), a 4,9 MN a SE, em elevação de 257 pés – era bom, com visibilidade de 10 km ou superior, com nebulosidade com uma camada inferior de nuvens esparsas com base de 2.500 pés (em SBEG) e de 2.000 pés (SBMN) – já tendo surgido uma segunda camada de poucas nuvens TCU (a 2.500’) na Base Aérea de Ponta Pelada e para ser reportado uma segunda camada de poucas nuvens TCU (a 3.000’) no “Eduardo Gomes”; o vento era fraco de direção predominante de sudoeste, na Base Aérea de Ponta Pelada sendo reportada variação de direção do vento superior a 130º, com direções extremas 150º (170º) e 250º (300º), com direções predominantes de 210º (240º), nos reportes METAR em vigor no horário do pouso e por vigorar, com temperatura do ar de 31ºC e pressão atmosférica de 1.009 hPa.

METAR SBEG 041400Z 20002KT 9999 SCT020 30/23 Q1010=
METAR SBMN 041400Z 21004KT 150V250 9999 SCT020 30/23 Q1010=
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METAR SBEG 041500Z 19004KT 9999 SCT025 31/22 Q1009=
METAR SBMN 041500Z 24004KT 170V300 9999 SCT020 FEW025TCU 31/23 Q1009=
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METAR SBEG 041600Z 22004KT 9999 SCT025 FEW030TCU 32/22 Q1008=
METAR SBMN 041600Z 26006KT 210V290 9999 SCT020 FEW025TCU 31/22 Q1009=
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METAR SBEG 041700Z 22004KT 9999 SCT025 FEW030TCU 32/22 Q1007=
METAR SBMN 041700Z 25005KT 9999 SCT025 FEW030TCU 32/22 Q1007=

A direção do vento – de noroeste – indicaria o uso da pista 29, para operação com componente de proa – mesmo para a condição de incidência variável, quando haveria uma angulação com relação ao eixo máxima de cerca de 65º.