Possíveis banimentos a jatos executivos na China na guerra comercial global são “administráveis” para fabricantes americanas, aponta a analista financeira Jefferies, examinando as repercussões da guerra comercial global deflagrada pelo tarifário do governo Trump, em 18.04.25

O editor-sênior da AIN Curt Epstein, em post na plataforma da mídia no dia 17, repercutiu que a analista do mercado financeiro Jefferies examinou os possíveis efeitos sobre fabricantes de aeronaves executivas do EUA no cenário de nova política de importação deflagrado pelo governo Trump, com as entregas de aeronaves sendo o mais recente campo de batalha na guerra comercial recentemente iniciada contra a China.
De acordo com matérias publicadas, a China ordenou que suas cias. aéreas suspendam encomendas e o recebimento de aeronaves Boeing em resposta à decisão do presidente do EUA Donald Trump de impor tarifas de 145% sobre os produtos chineses, publicou a Bloomberg News no dia 15, citando fontes familiarizadas com o assunto. Pequim também ordenou que as cias. aéreas chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças relacionadas a aeronaves de empresas norte-americanas, afirmou a Bloomberg.
Já no início de abril, as novas tarifas do governo de Donald Trump derrubaram um acordo comercial que permitiu que à Boeing, Airbus e outros fabricantes aeroespaciais produzir e vender aeronaves e motores a jato em grande parte sem tarifas desde a década de 1980, revelou um grupo da indústria aeroespacial.
A Jefferies examinou os pedidos pendentes das fabricantes americanas Gulfstream e da Textron Aviation com base em dados da Cirium e determinou sua exposição na China. Desde 2015, o país foi responsável por 7% das entregas da Gulfstream e 3% das da Textron Aviation. Historicamente, a China representava 4% do pedido pendente da Gulfstream, aumentando para até 7% se as entregas “desconhecidas” forem incluídas.
A Textron Aviation lista 10 aviões monomotor turboélice Cessna Caravan para a China na sua carteira de encomendas (backlog) mas nenhuma entrega por fazer de jatos executivos, enquanto a Gulfstream não divulgou nenhuma entrega de jatos executivos para a China, de acordo com os dados da Cirium.
No ano passado, as entregas de jatos executivos na China representaram apenas 1% do total mundial em todos os tipos de jatos executivos. A Jefferies observou que “isso implica que quaisquer vendas de serviços ou peças para a China também estariam dentro da faixa administrável com outras demandas”.
Para 2025, a Jefferies prevê um aumento de 13% nas entregas de jatos executivos das cinco principais fabricantes de aeronaves. [EL] – c/ fonte