Problemas na cadeia de suprimentos pesam nas entregas da Gulfstream no 1S2023, apesar da estabilidade em comparação ao 1S2022, em 04.08.23


A Gulfstream Aerospace entregou 45 jatos executivos, sendo 10 jatos, 22%, do modelo cabine média G280 e 35 jatos, 78%, de cabine larga) no primeiro semestre de 2023, ante 47 jatos entregas (sendo 9 jatos, 19%, do modelo cabine média G280 e 38 jatos, 81%, de cabine larga) no primeiro semestre de 2022. Foram duas entregas a menos (-4,3%), com 1 jatos G280 a mais (+11,1%) e 3 três jatos de cabine larga a menos (-7,9%).

Com o desempenho do semestre, a Gulfstream espera “perder” (não cumprir) a previsão de entregas de aeronaves em 2023 de 145 aeronaves em até cinco ou seis aeronaves, revelou Phebe Novakovic, presidente e CEO da General Dynamics (controladora da Gulfstream Aerospace), no dia 26, durante uma coletiva com mídias e investidores para apresentação de resultado trimestral.

No segundo trimestre, foram entregues 24 aeronaves, 53,3% das entregas do primeiro semestre. No 2T23, foram entregues seis jatos G280, 60% das entregas no semestre, e 18 jatos cabine larga, 51,5 das entregas no semestre. As 24 aeronaves entregues no 2T23 se comparam a 22 entregas no 2T22 (uma diferença de mais duas aeronaves, 9,1%), com a parciais de seis G280 ante cinco G280 no 2T22 e 18 jatos cabine larga ante 17 jatos cabine larga no 2T22), em desempenhos equivalentes.

De acordo com Novakovic, a Gulfstream espera entregar 27 aeronaves no terceiro trimestre (3T23), na evolução de 21 entregas no 1T23 e 24 entregas no 2T23, para somar em noves meses 72 entregas – 49,7% da meta anual previstas (de 145 aeronaves) -, implicando para cumprimento da meta ano um saldo por entregar no 4T23 de 73 aeronaves – ou, na tolerância de cinco a seis menos, mais 68 a 67 entregas.

No 4T23, as entregas deverão contar com 19 jatos G700, modelo que deverá ser homologado pela FAA nesse último trimestre do ano – a “tempo suficiente” para permitir as entrega até o final do ano, disse Novakovic.

Os cinco a seis jatos (da meta inicial de 145 entregas em 2023) já admitidos de não serem entregues no ano “não são G700”, observou Novakovic, e estão relacionados a questões da cadeia de suprimentos.

Enquanto isso, a entrada de pedidos continua robusta, com um book-to-bill [relação encomenda : entrega/faturamento] de mais de 1,3:1 no segundo trimestre. Novakovic disse que a demanda por jatos executivos Gulfstream é “robusta” na América do Norte, citando especificamente as empresas do ranking Fortune 500 como o maior impulsionador, além dos mercados do Oriente Médio e da Ásia.

A carteira de pedidos da Gulfstream ficou em US$ 19,497 bilhões no final do trimestre, cerca de US$ 700 milhões (3,7%) a mais do que no ano anterior.

No primeiro semestre, as receitas do primeiro semestre da divisão aeroespacial da General Dynamics, que também inclui a Jet Aviation, aumentaram 2% na comparação ano a ano, para US$ 3,845 bilhões, enquanto o lucro caiu 3,3%, para US$ 465 milhões.

Devido à expectativa de menos entregas na Gulfstream e vendas mais fracas na Jet Aviation, Novakovic rebaixou as receitas previstas para 2023 em US$ 200 milhões, para US$ 10,2 bilhões (uma redução de 1,9%). [EL] – c/ fonte