Programa governamental americano EAGLE – de AvGas sem adição de chumbo – reúne os integrantes no seu primeiro evento, em 19.03.22


Em post na mídia na mídia nesta quinta dia 17, o articulista Matt Thurber divulgou o encontro dos membros integrantes do programa governamental EAGLE – de Eliminate Aviation Gasoline Lead Emissions, ou Eliminação da Emissões por chumbo da Gasolina de aviação/AvGas -, que aconteceu nos dias 16 e 17, com o objetivo de dar início aos esforços de coalizão para eliminar a adição de chumbo na AvGas até 2030.

O programa EAGLE foi anunciado no dia 23 de fevereiro pelo administrador da FAA Steve Dickson.

No encontro dos membros integrantes do programa governamental EAGLE compareceram representantes da FAA, de associações e empresas da indústria da aviação e outros participantes, mas com o evento sendo fechado para membros de mídias.

O presidente da AOPA, Mark Baker, e o diretor executivo do Serviço de Certificação de Aeronaves da FAA, Earl Lawrence, apresentaram informações para as mídias imediatamente após a reunião de dois dias.

“Concordamos que a coisa número um que afeta o futuro da aviação geral é essa questão”, disse Baker, para emendar: “Estamos nos mobilizando o mais rápido que podemos e com a maior segurança possível para fazê-lo”.

A pressão para eliminação do chumbo da AvGas vem não apenas da EPA – Environmental Protection Agency (Agência de Proteção do Meio Ambiente), que provavelmente emitirá uma “descoberta” de perigo para a AvGas 100LL neste ano, mas também de comunidades próximas a aeroportos.

Preocupações com a poluição por chumbo já resultaram a proibição da venda de AvGas 100LL em dois aeroportos da Califórnia – Reid-Hillview e San Martin.

Um dos principais objetivos do programa EAGLE é atender ao desejo da FAA de desenvolver AvGas sem chumbo hábil para aprovação geral do uso do combustível (sem adição de chumbo) para qualquer motor de aeronave a pistão alimentado por AvGas. Isso incluiria os motores de grande cilindrada, de maior potência e com taxas de compressão maiores, que precisam de chumbo ou algum equivalente para evitar a detonação (combustão instantânea), prejudicial.

Existem composições/misturas alternativas de AvGas já disponíveis, principalmente a UL94, da Swift Fuels, para motores de baixa potência, e a G100UL, da General Aviation Modifications Inc. (GAMI), que foi testada em motores de alta potência e conta com STC para uma variedade de motores de baixa potência.

A GAMI afirma que a G100UL é uma substituta imediata para o atual AvGas100LL, e a testou extensivamente em uma célula de teste de motor a pistão da GAMI e não encontrou problemas de compatibilidade com motores, tanques de combustível ou sistemas de distribuição de AvGas.

No entanto, o requisito do STC para esses combustíveis alternativos não atende à meta de aprovação geral da coalizão do programa EAGLE e da FAA. A aprovação exigiria um novo combustível para atender a uma especificação ASTM para AvGas sem chumbo, e esse padrão ainda não foi desenvolvido. Além disso, as fabricantes de aeronaves e motores teriam que aprovar o novo combustível para operar em suas aeronaves.

A grande vantagem de um combustível com aprovação geral é que nenhum STC seria necessário e, portanto, o Formulário 337 (grandes reparos e alterações) não precisaria ser submetido à FAA para cada aeronave aprovada sob o STC.

Lawrence apontou que o programa EAGLE não está substituindo para a iniciativa da FAA denominada PAFI – Piston Aviation Fuels Initiative (Iniciativa de Combustíveis para Aviação a Pistão), e que a PAFI continua sendo uma parte fundamental do processo. Lawrence explicou que não cabe à FAA certificar um novo combustível porque a agência não tem um processo de aprovação de combustíveis. “Certificamos aeronaves”, disse ele.

As fabricantes de aeronaves e motores especificam o tipo de combustível necessário e fazem testes para garantir que o combustível funcione corretamente em seus produtos, conforme exigido pelos regulamentos de aeronavegabilidade PART-23 (para aeronaves) e PART-33 (para motores), da FAA. O processo de padrão de indústria ASTM assumiu o papel de aprovar o próprio combustível. “Contamos com esse padrão para lidar com a produção de combustível e óleos referidos [pelas] aeronaves [fabricantes]”, observou Lawrence.

Uma maneira pela qual a PAFI ajudará o programa EAGLE é que é que a PAFI criou um processo com a ASTM para aprovação geral de um novo combustível, quando surgir. “Estamos pensando em usar esse processo”, disse Lawrence, para completar: “A FAA está fazendo muita pesquisa em nosso centro de tecnologia”.

O processo de aprovação geral também deve facilitar o uso fora do EUA de qualquer AvGas sem chumbo.

“Gostaríamos de ter um combustível esperando por nós quando chegarmos lá”, disse Lawrence.

O programa EAGLE está avançando e realizará outra reunião de participantes nos próximos meses, em breve. [EL] – c/ fontes