Provedora de serviços de aviação americana Clay Lacy vendo o crescimento de interesse e demanda por SAF de operadores de aeronaves executivas/privadas, em 11.11.21

A provedora com sede na Califórnia/EUA Clay Lacy está vendo uma demanda lenta mas crescente dos operadores por combustível de aviação sustentável (SAF), revelou Scott Cutshall, vice-presidente sênior de desenvolvimento e sustentabilidade da empresa a participantes em fórum “Construindo Depto. de Vôo Sustentável”, promovido pela mídia AIN, nesta quarta dia 10.
Cutshall forneceu uma visão geral sobre o desenvolvimento de uma organização sustentável.
No advento do SAF, Cutshall observou que a Clay Lacy começou a disponibilizar combustível SAF em abril em seus FBO do sul da Califórnia e, desde então, vendeu menos de 10.000 galões (37.900 litros). “Temos muito mais para vender”, acrescentou Cutshall, observando que o diferencial de preço do SAF caiu para 56 centavos (US$ 0,56) para mais do que o querosene aeronáutico convencional (fóssil) JET-A em Van Nuys e US$ 0,83 no Condado de Orange. Quando os FBOs começaram a oferecer o SAF, “começamos a receber ligações. E eles têm muitas perguntas”, revelou Cutshall. Segundo o executivo vp, a Clay Lacy foi questionada sobre a mistura JET-A e SAF – que é 30% de SAF nos FBOs -, a fonte do SAF e como o combustível (SAF) foi armazenado. “Não começou a se traduzir em compras até os últimos meses”, ponderou Cutshall.
Mas, o executivo apontou que a Flexjet, provedora de propriedade compartilhada de aeronave, começou a adquirir SAF, alguns departamentos de vôos corporativos começaram a adquiri-lo e o interesse está aumentando. Cutshall observou que um operador aderiu ao SAF e mencionou que o proprietário da aeronave lhe pediu para comprar SAF sempre que disponível. “Não vimos o volume ou a absorção que esperávamos originalmente”, disse Cutshall. “Mas acho que virá no ano que vem porque acho que muitos departamentos de vôo estão fazendo orçamentos para este ano. E acho que vamos começar a ver uma adoção maior”, avaliou Cutshall.
A incorporação da SAF é parte de um esforço maior da Clay Lacy para buscar maneiras de promover a sustentabilidade em todos os seus negócios de serviços de aviação. Cutshall disse aos participantes que, para começar a trilhar esse caminho, uma organização deve determinar o “por quê”.
A Clay Lacy decidiu seguir nessa direção porque acredita que as regulamentações eventualmente virão em torno de tais esforços e queria ficar à frente da curva da movimentação. Outro motivo importante foi dar à provedora uma vantagem competitiva, e “isso já está comprovado”, observou Cutshall, porque a Clay Lacy já está recebendo solicitações de propostas sobre sua estratégia de sustentabilidade. Uma terceira razão: “É a coisa certa a fazer”. A FBO quer ajudar seus clientes, bem como trabalhar dentro da comunidade, em esforços sustentáveis, disse Clay Lacy.
Quanto à implementação, o vice-presidente sênior de desenvolvimento e sustentabilidade da Clay Lacy reiterou um tema durante o evento de sustentabilidade da AIN: “Tudo começa com a reflexão crítica: Onde você está? Se você não sabe onde está e põe em prática um monte de práticas, como vai saber se está progredindo ou não?”.
A próxima etapa é “transformar”. Cutshall disse que há maneiras de transformação que não inibam as operações. Ele citou como exemplo as luzes que envolvem sensores de movimento que ligam e desligam quando uma pessoa entra na sala. Transformar é seguido por remodelar – mudanças para substituição. Mais uma vez, Cutshall ressaltou que isso não deve atrapalhar os negócios. Podem ser etapas simples, como trocar garrafas plásticas de água por recipientes (caixas) de água ou substituir os revestimentos de latas de lixo por revestimentos de fontes sustentáveis.
A chave para isso é dedicar e treinar pessoal para liderar essas iniciativas. Cutshall sugeriu que os departamentos de vôo começassem observando as metas da organização maior para garantir que estivessem alinhadas. Mas também sugeriu escolher algumas áreas para começar e então os esforços serão desenvolvidos a partir daí. “Basta começar”, ele insistiu.
A Clay Lacy é uma empresa de aviação fundada em 1968. Hoje provê serviços de fretamento de vôo (com jatos executivos), gerenciamento e manutenção de aeronaves e apoio e logística em aeroportos (FBO), com as bases nos Aeroportos Van Nuys (KVNY), em Los Angeles/Califórnia, John Wayne (KSNA), em Costa Mesa/Califórnia, e futuramente no Aeroporto Waterbury (KOXC), em Oxford/Connecticut. [EL] – c/ fontes