Questionada pela CVM, EMBRAER esclarece que, em declarações prestadas pelo seu presidente da fabricante à mídia de negócios, metas de receita e entregas são “essencialmente aspiracionais”, não sendo projeção ou guidance, em 16.10.25


Em comunicado ao mercado, no dia 14, assinado por Antonio Carlos Garcia (vice-presidente executivo financeiro e relações com investidores), a EMBRAER esclareceu que (duas) declarações do presidente da fabricante – Francisco Gomes Neto – ao jornal Valor Econômico, em matéria publicada em 12/09//2025, intitulada “EMBRAER quer desafiar duopólio da Boeing e Airbus”, são de “conteúdo essencialmente aspiracional”, e que não podem ser entendidas como projeção ou guidance, sendo injustificado o tratamento como tal. Ainda no esclarecimento, o comunicado destaca que as projeções da cia. são divulgadas anualmente e constam no Formulário de Referência, as quais permanecem inalteradas e válidas.

O comunicado foi forçado por provocação de ofício à EMBRAER da CVM – Comissão de Valores Mobiliários – nº 273/2025/CVM/SEP/GEA-1, enviado pela Gerência de Acompanhamento de Empresas (GEA-1) da Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM em 13/10/2025, e recebido pela fabricante na mesma data, reportando-se às declarações de Gomes Neto na matéria em referência e solicitando a confirmação da veracidade das mesmas, e, sendo, requerendo explicação de motivos pelos quais as mesmas não foram informações prestadas em “Fato Relevante” e demandando eventuais outras informações consideradas importantes no tema.

Basicamente, as duas declarações específicas de Gomes Neto na matéria abrangeram [1] que a EMBRAER planeja quase dobrar a receita de seus jatos regionais e executivos existentes, com a meta de atingir US$ 10 bilhões até o final desta década, e [2] que as entregas de componentes como motores e peças de fuselagem ainda estavam atrasadas, mas que a situação estava melhorando e que fabricante ainda estava no caminho certo para atingir 100 entregas de aeronaves comerciais por ano até 2028.