Relatório da Sociedade Real (Royal Society) do Reino Unido conclui que não existe um caminho simples e único para alcançar emissão de carbono líquido zero na aviação e os caminhos que estão sendo explorados agora para novas fontes de combustível estão repletos de dificuldades tecnológicas e práticas, em 05.03.23


Conforme nota da mídia AIN, um novo relatório da Sociedade Real (Royal Society) do Reino Unido conclui que não existe um caminho simples e único para alcançar emissão de carbono líquido zero na aviação e os caminhos que estão sendo explorados agora estão repletos de dificuldades tecnológicas e práticas.

Récem publicado, o documento “Net Zero Aviation Fuels: Resource Requirements and Environmental Impacts” (Combustíveis de Aviação de Emissão Zerpo: Requisitos de Recursos e Impactos Ambientais) enfoca quatro alternativas sustentáveis para substituição do querosente de aviação (JET-A, ou QAv) hidrogênio, amônia, eletrocombustíveis sintéticos e biocombustíveis.

“Net Zero Aviation Fuels: Resource Requirements and Environmental Impacts”:
https://royalsociety.org/topics-policy/projects/low-carbon-energy-programme/net-zero-aviation-fuels/

Para o relatório, Graham Hutchings, professor da Universidade de Cardiff (Inglaterra), liderou um grupo de trabalho que avaliou essas alternativas em relação às seguintes considerações:
– os recursos equivalentes que seriam necessários para substituir o combustível fóssil,
– uma análise do ciclo de vida e impactos ambientais sem dióxido de carbono, custos prováveis, e,
– modificações e substituições necessárias para implementar a opção.

Entre as conclusões mais surpreendentes no contexto da indústria do Reino Unido está a de que o país teria que alocar enormes áreas de terras agrícolas para apoiar a produção de biocombustíveis ou mais que dobrar seu fornecimento de eletricidade renovável apenas para apoiar a ecologização da aviação. Dificuldades quanto à disponibilidade e acessibilidade de matérias-primas sustentáveis para a produção de biocombustíveis encabeçam a lista das principais conclusões do relatório.

O grupo de trabalho enfatizou que parte da ciência relacionada às várias fontes de combustíveis alternativos ainda não é suficientemente compreendida. E pediu mais pesquisa e desenvolvimento em áreas como produção armazenamento e uso eficientes de hidrogênio verde, amônia e combustíveis eletrônicos. [EL] – c/ fontes