Rolls-Royce na campanha da meta de certificação de seu portfólio de motores turbofan para 100% SAF até 2023, em 11.11.21
Para cumprir sua meta de emissões líquidas de CO2 zero, a indústria da aviação executiva precisa ter como objetivo o uso de combustível 100% SAF, de acordo com Megha Bhatia, vice-presidente de vendas e marketing do segmento de aviação executiva da Rolls-Royce.
Falando durante o fórum “Departamento de Voo Sustentável” promovido pela mídia especializada de aviação AIN, nesta quarta dia 10, Bhatia observou que, até o momento, é autorizada pela regulamentação uso de combustível com mistura de até 50% de SAF, como alternativa “drop-in” (troca pura) que atende aos padrões ASTM para combustível aeronáutico de querosene – Jet-A.
Mas, Bhatia acrescentou: “Para chegar a zero líquido em 2050, temos que agora demonstrar sermos capazes de usar porcentagens maiores de SAF misturado com combustível convencional de até 100%. Portanto, nossa jornada é ser capaz de, como parte da comunidade de fabricantes aeronáuticas, trabalhar até essas porcentagens, demonstrar e, em seguida, certificar em até 100 por cento”.
Bhatia observou que, de acordo com a OACI/ICAO, combustível 100% SAF pode reduzir as emissões de carbono do ciclo de vida em 63%.
A Roll-Royce, que já certificou todos os seus atuais motores para até 50% de mistura, testou seus novos motores para 100% SAF, incluindo o motor Pearl 700 que equipa o Gulfstream G700 (ora em campanha de certificação), bem como o Trent 1000. A Rolls-Royce tem uma meta de certificar seu portfólio de motores para 100% SAF até 2023. Chegar até esta meta, disse Bhatia, “envolve menos desafios. É mais sobre como obter mais tempo na fase de teste e acumular horas”.
A Rolls-Royce está avaliando a longo prazo como o SAF afeta a vida útil do motor.
No entanto, um dos benefícios que surgiram com o uso do SAF é a eficiência do motor. Bhatia observou que o SAF tem uma densidade de alta energia, “o que significa que, quando usado em grandes porcentagens, é na verdade mais eficiente para o motor”. Isso se traduz em melhor queima de combustível, menos desgaste das peças e menos eventos de manutenção não-programados”, disse Bhatia. [EL] – c/ fontes