Simpósio da ACSF lança desafio geral para o aprofundamento de todos em segurança, com foco para segurança no elemento humano, em 11.04.25


Em post no dia 08, na plataforma online da mídia, a editora da revista mensal AIN Kerry Lynch repercutiu o Simpósio de Segurança anual da ACSF – Air Charter Safety Foundation (Fundação de Segurança na Aviação por fretamento).

A ACSF retornou à universidade ERAU – Embry-Riddle Aeronautical University, em Daytona Beach, na Flórida (EUA), para seu Simpósio de Segurança anual, abrindo o evento de 2025 com foco para segurança no elemento humano.

O simpósio começou, no dia 31, com um painel sobre carreiras e encerrou, no dia 03, com uma série de workshops. O evento continuou a crescer com 150 participantes presenciais e mais de 50 assistindo virtualmente pela primeira vez por meio de sessões de streaming.

Kent Stauffer, presidente da ACSF e vice-presidente de segurança da operadora Flexjet, enfatizou que muitas das sessões planejadas ao longo do evento abordam o elemento humano. Stauffer fez uma pergunta geral sobre como os participantes, em sua maioria profissionais de segurança, se sentiam agora em relação à aviação, o que provocou respostas de preocupação, nervosismo e atenção da mídia. Stauffer disse que isso se segue à pergunta: “O que você vai fazer a respeito?”.

Stauffer argumentou que tudo se resume ao humano, e não à tecnologia. Embora a tecnologia tenha avançado e auxiliado na segurança, tudo se resume ao que é “exclusivamente humano”. Stauffer observou que as pessoas se referem a fatores humanos, mas questionou o que isso significa e sugeriu que as pessoas precisam se aprofundar e pensar de forma diferente sobre a tomada de decisões. A tecnologia se concentra apenas na lógica, mas os humanos trazem emoções. Os pilotos aprendem que não podem usar suas emoções para o trabalho, mas Stauffer argumentou que as pessoas devem priorizar tanto a lógica quanto a emoção.

CEO da especialista Convergent Performance, uma provedora de treinamento de segurança, avaliações personalizadas, ferramentas e soluções de desempenho para envolver e melhorar pessoal e quadro funcional, do Colorado (EUA), e um eterno favorito no seminário de segurança – Safety Standdown – da Bombardier e, nos últimos anos, no Simpósio de Segurança da ACSF, Tony Kern seguiu esse sentimento durante sua palestra, dizendo que não é possível operar sem emoções, mas é fundamental aprender a controlá-las e usar todos os seus recursos.

Kern observou que, na aviação, as pessoas aprendem a fazer as coisas corretamente, mas não aprendem tanto sobre os erros – e eles são muitos. Mas é uma perspectiva difícil devido à arrogância, ele sustentou.

O setor se firmou na idéia de que “somos o setor mais seguro de todos os tempos – com maior probabilidade de sermos atingidos por um raio em um acampamento terrorista [do que de sofrermos um acidente] … mas às vezes isso acontece”. Agora, a questão é como as pessoas se preparam para quando as coisas dão errado.

Kern então organizou um painel especial com o presidente e CEO da ACSF, Bryan Burns, e seu filho, Ryan Burns, para discutir as diferenças com os esportes.

Ryan Burns, que começou como quarterback (posição do jogador que comanda o ataque no futebol americano, considerado o líder do time em campo) na Universidade de Stanford, detalhou a preparação necessária e a perseverança para chegar a esse ponto, mas também o que acontece quando você permite que suas emoções e estado mental obscureçam seu foco. Burns, que inicialmente teve sucessos seguidos de algumas derrotas, foi forçado a encarar isso. Burns observou que sentiu alívio quando lhe disseram que a posição de titular seria transferida para outro.

Kern destacou as lições que permeiam isso, assim como a aviação: prontidão, trabalho em equipe, adversidade e persistência. Mas também a capacidade de lidar com o que está dentro e a parte da saúde mental envolvida. [EL] – c/ fonte