Síntese retrospectiva de acidentes da aviação executiva no 1T24, pela mídia AIN, em 08.04.24


O colaborador da mídia AIN Gordon Gilbert postou, no dia 03, uma síntese retrospectiva de acidentes da aviação executiva recentes – do 1T24.

Gilbert apontou que aviões executivos à turbina estiveram envolvidos em 12 acidentes fatais em todo o mundo no primeiro trimestre, contra sete no mesmo período do ano passado, uma alta de 71,1%, de acordo com dados preliminares coletados pela AIN. Os 12 acidentes fatais no 1T24 mataram 42 pessoas (entre tripulantes e passageiros) – uma taxa de 3,5 mortes/acidente -, versus 19 mortes (em 7 acidentes) no 1T23 – uma taxa de 2,714 mortes/acidente -, com uma alta de 121,053% em número absoluto e de 28,95% na taxa relativo.

Das 42 mortes em 12 acidentes,  9 mortes (21,4%) em 3 acidentes (25,5%) – taxa de 3,0 mortes/acidente – envolveram jatos registrados no EUA. Este resultado se compara a 2 mortes em 2 acidentes – taxa de 1,0 morte/acidente. Neste rol de acidentes no 1T24, estão as ocorrências com [i] um jato Beechcraft Hawker 900XP operado no transporte PART-91, em 09 de fevereiro, que matou os dois tripulantes, [ii] com um Bombardier Challenger 604 operado no transporte PART-135, em 09 de fevereiro, que matou os dois tripulantes, e [iii] com um IAI Astra SP, operado no transporte PART-91, em 10 de março, matando todos os cinco ocupantes.

Não houve acidentes fatais com jatos executivos não registrados no EUA no primeiro trimestre de 2023.

Dois de seis ocupantes morreram no acidente em 20 de janeiro com um Dassault Falcon 10 registrado na Rússia, operando transporte aeromédico no Afeganistão.

As operações de turboélices registrados no EUA representaram o único segmento de aeronaves executivas a turbina que sofreu uma diminuição nos acidentes fatais. No primeiro trimestre, no dia 30 de março, um acidente com monomotor turboélice Daher TBM-960 do segmento de transporte privado (PART-91) ceifou seis pessoas. Este acidente se compara a três acidentes com 14 mortes (4,667 mortes/acidente) no 1T23.

Mas foram 26 mortes em 7 acidentes com turboélices não registrados no EUA (taxa de 3,714 mortes/acidentes) nos primeiros três meses do ano. Somente duas operações do transporte privado e duas operações do transporte por fretamento sofreram 22 mortes (84,6% do total).

No 1T23, foram três mortes em dois acidentes de turboélices (taxa de 1,5 mortes/acidentes), do transporte por fretamento, não registrados no EUA.

Seguindo um padrão já habitual, as  excursões de pista foram responsáveis pela maioria das ocorrências aeronáuticas (entre acidentes e incidentes): 23 ocorrências do tipo no primeiro trimestre, contra 20 no 1T23 (+3 eventos, ou 15%).

No primeiro trimestre, o NTSB concluiu duas investigações de acidentes com aeronaves a turbina.

Um deles, não-fatal, em 06 de março de 2022, envolveu um bimotor turboélice Beechcraft  King Air 200, com a causa de uma falha no atuador de trem de pouso; o avião turboélice foi substancialmente danificado.

No segundo acidente, fatal, em 09 de novembro de 2022, as duas pessoas a bordo (piloto e passageiro) de um monomotor Piper Meridian (PA-46-500TP Malibu Meridian) morreram quando o turboélice colidiu com terreno após perda de controle durante uma aproximação ILS em condição IMC marginal (teto baixo, com precipitação leve congelante e turbulência de moderada a forte) para o Aeroporto Regional North Platte/Lee Bird Field (KLBF), no Nebraska. [EL] – c/ fonte