Sistema híbrido-elétrico de 1MW da Raytheon/Pratt & Whitney testado instalado no demonstrador DHC Twin Otter se mostra promissor, em 28.11.23


O protótipo híbrido-elétrico da Raytheon (RTX) conseguiu cumprir um teste de potência nominal a pleno recente demonstrando capacidade de produção total de motor elétrico de 1 MW, desenvolvido pela Collins Aerospace, em um passo de desenvolvimento promissor para vôo sustentável.

O motor de 1 MW será combinado com um motor térmico altamente eficiente, desenvolvido pela Pratt & Whitney, resultando em uma combinação que oferece uma melhoria de 30% na eficiência de combustível e nas emissões de CO2 em relação à atual motorização frota regional de veículos aéreos. Os geradores elétricos em uso hoje são insignificantes em comparação com os equipamentos Collins usados nas aeronaves RTX, oferecendo cerca de ¼ da potência com o dobro da perda de calor e do peso.

A Collins e a Pratt & Whitney são unidades de negócios da RTX.

“Com sua densidade de potência e eficiência líderes do setor, nosso motor de 1 MW ajudará a reduzir significativamente as emissões de carbono das aeronaves, apoiando arquiteturas de propulsão elétrica híbrida na próxima geração de plataformas comerciais”, disse Henry Brooks, presidente da unidade de energia e controles da Collins Aerospace. “À medida que o desenvolvimento do motor continua em ritmo acelerado, cada marco nos aproxima um passo do vôo híbrido-elétrico e do compromisso compartilhado da nossa indústria com emissões líquidas de carbono zero até 2050”, completou Brooks.

Comparado aos geradores de motor elétrico mais avançados da Collins em operação atualmente, o motor de 1 MW fornecerá quatro vezes mais potência e duas vezes mais tensão, com metade da perda de calor e metade do peso.

A Pratt & Whitney está desenvolvendo o motor nas instalações da Collins em Solihull, no Reino Unido, e testando-o no Instituto de Tecnologia Aeroespacial da Universidade de Nottingham, também no Reino Unido.

Após o primeiro funcionamento do motor de baixa velocidade nas instalações da Pratt & Whitney em Longueuil, em Quebec (Canadá), em dezembro de 2022, os testes do sistema de propulsão híbrido-elétrico combinado – incluindo motor térmico e motor elétrico de 1 MW – continuarão até 2023. O sistema de propulsão e as baterias serão integradas em uma aeronave de teste (experimental) DASH-8-100, com testes de vôo previstos para começar em 2024.

“A tecnologia de propulsão híbrida-elétrica oferece um potencial significativo para otimizar a eficiência das aeronaves em uma série de futuras aplicações aeronáuticas e é uma parte fundamental do nosso roteiro tecnológico para apoiar uma aviação mais sustentável”, disse Jean Thomassin, diretor executivo de novos produtos e serviços da Pratt & Whitney Canada (PWC). “Além de aproveitar a profunda experiência dos engenheiros da Pratt & Whitney e da Collins, na RTX, nosso projeto se baseia em extensas colaborações em todo o ecossistema aeroespacial do Canadá e em todo o mundo”, acrescentou Thomassin.

Além do demonstrador de vôo híbrido-elétrico, o motor elétrico de 1 MW também fará parte do “trem de força” híbrido-elétrico Pratt & Whitney GTF planejado para o projeto SWITCH no âmbito da iniciativa Clean Aviation, da União Europeia. Futuros testes serão realizados no The Grid, o laboratório de sistemas de energia elétrica nas instalações da Collins em Rockford, no Illinois (EUA), de US$ 50 milhões, com inauguração prevista para o final deste ano.

O projeto é apoiado pelos governos nacional do Canadá e estadual de Quebec. [EL]