Synerjet fala do mercado brasileiro e latino-americano na sua atuação de distribuidora da fabricante suíça Pilatus Aircraft, e do seu processo bem sucedido de mudança para São Paulo Catarina Aeroporto Executivo, em 10.08.24


Na cobertura da feira de aviação executiva LABACE 2024, entre os dias 06 e 08, no Aeroporto de Congonhas, em SP, o articulista-colaborador da mídia AIN para América do Sul Richard Pedicini, em post no dia 08, escreveu quanto ao sucesso obtido pela brasileira Synerjet, distribuidora da fabricante suíça Pilatus Aircraft para América do Sul, na recente mudança de base – do Aeroporto de Congonhas (SBSP), na capital de SP, para o Aeroporto (privado) São Paulo Catarina Aeroporto Executivo (SBJH), em São Roque (região de Sorocaba), a 30 MN a noroeste de SP/Congonhas.

“Mudar para o Catarina [Aeroporto Executivo] foi uma decisão difícil”, disse José Eduardo Brandão – CEO da Synerjet, para a AIN, durante a semana da LABACE 2024. “Houve várias tentativas em aeroportos que terminaram em nada”, ele observou.

Quando a Synerjet olhou para o “Catarina”, havia um hangar pronto. Um espaço foi oferecido à Synerjet para condição de um hangar construído sob medida. “Então veio a pandemia”, lembrou Brandão, “e perguntamos à JHSF [empresa do aeroporto]: Vamos em frente?”. E a JHSF disse: “Vamos em frente”, e em emendei: “Então eu também irei”.

“Ficamos satisfeitos em construir o hangar. Estávamos em expansão, quando todo mundo estava parado. Nosso centro de manutenção nunca parou durante a pandemia. E agora a empresa é bastante grande”, falou Brandão.

No “Catarina”, o Hangar 5 é da Synerjet – “o primeiro que você vê ao entrar no aeroporto. Queriam que construíssemos onde fosse visível da rodovia”, disse Brandão. “Todo mundo achava que era muito grande. E então precisávamos de mais espaço e pegamos o Hangar 4 também. Agora temos 8.500 m² [91.500 pés²]”, revelou Brandão.

O Hangar 5 é todo Pilatus, explicou Brandão, enquanto o Hangar 4 é dedicado a outras atividades, como manutenção da Gulfstream e um estoque alfandegado. Brandão optou por um grande estoque – armazém alfandegado utilizado por diversos fabricantes de aeronaves executivas no “Catarina” e disse que esse negócio triplica a cada ano.

“Temos um acordo com a Pilatus onde cada vez que colocamos um Dólar no estoque, eles colocam um Dólar no depósito alfandegado”, disse Brandão. “A Honeywell é outro grande parceiro, com aviônicos e outros sistemas para Pilatus e Gulfstream. Temos um excelente relacionamento”, discorreu Brandão.

A Synerjet é distribuidora da Pilatus para toda a América do Sul e trabalha com parceiros na Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, o cone sul da América do Sul, “com unidades de manutenção que trabalham sob nosso controle. Se o centro argentino não consegue fazer uma tarefa, nosso pessoal vai lá fazer”, afirmou Brandão. A rede é flexível, observou Brandão. “Um Pilatus foi atingido por equipamentos de solo em Medellín, e o melhor pessoal de estrutura estava na Argentina, por isso foram enviados para Medellín”. A Synerjet também pode deslocar mecânicos entre países para equilibrar a necessidade de mão de obra. “Colômbia, Chile e Argentina têm excelentes técnicos”, observou Brandão.

Além dos (2) principais hangares no “Catarina”, a Synerjet possui centros próprios no Aeroporto (privado) Condomínio Liberty (SNLL), em Goianápolis (GO), a 16 MN a NE de Goiânia/SBGO e 430 MN a NW-N do “Catarina” e , e de Wand, em Medellín (Colômbia), e abrirá um em Assunção, no Paraguai. Incluindo os centros em parceria “com esta rede, podemos movimentar as aeronaves na nossa região”, revelou Brandão.

À medida que a aviação comercial se expande no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e a indústria da aviação executiva tenta se adaptar, Brandão vê a necessidade de mais alternativas para Congonhas. “A aviação comercial vence – foi o que aconteceu no México e em outros lugares”, Brandão admitiu.

Brandão aponta os helicópteros como exemplo. “Quando o Helipark [e] o Helicidade foram propostos, houve quem se opusesse, dizendo: Você vai matar helicópteros no Aeroporto Campo de Marte [de São Paulo]. Mas se não expandíssemos expandido, não venderíamos tantos helicópteros. Não haveria espaço. Mas não fizemos o mesmo com os aviões”.

Então ele começou a trabalhar em Congonhas e foi o primeiro a se mudar para o “Catarina”, um aeroporto de aviação executiva construído especificamente para esse fim.

Embora a aviação executiva esteja crescendo atualmente no Brasil, Brandão alertou: “Muita coisa pode mudar, e rapidamente. O agronegócio é um termômetro e há excedente de soja no mundo. Os compradores [do agronegócio] estão começando a ficar atentos ao seu dinheiro. Eles estão negociando. A demanda está forte, mas sem a urgência do ano passado. Os compradores levam mais tempo para colocar as mãos nos bolsos – se é que o fazem”.

Olhando além do Brasil, Brandão disse: “Existem 23 países na América Latina e eles têm economias e políticas diferentes. Alguns estão à esquerda, alguns estão à direita. Mas a América Latina tem um encanto que estou começando a entender. Se as coisas vão bem no Brasil, vão bem no Chile”.

Brandão argumentou contra a subestimação dos países menores da região: “A Guatemala nos surpreendeu; vendemos vários PC-24. Não é uma potência econômica, mas existem economias menores mas efervescentes na América Latina”.

A Synerjet recentemente levou o PC-24 em uma turnê por 15 países latino-americanos. Brandão relatou que o jato leve foi bem recebido em cada uma das paradas. [EL] – c/ fonte