Traficante de MS suspeito de roubo de avião C182RG no AP é preso, na fronteira com Paraguai, em cumprimento de mandado de prisão durante operação “Estol”, em 06.12.21


Fonte: g1 – 03/12/2021
Apontado como suspeito do do roubo de uma aeronave no Amapá, traficante de Mato Grosso do Sul foi preso, nesta sexta (03), durante a “Operação Estol”, deflagrada pela Polícia Civil do Estado do AP. A ação contou com apoio de equipes de Mato Grosso do Sul e o suspeito foi encontrado em uma chácara luxuosa em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai.

Em Mato Grosso do Sul, o apoio aos policiais do Amapá contou com o trabalho de equipes do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e de delegacias de Ponta Porã. Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, titular do DRACCO, ao todo, duas pessoas foram presas em MSl, tendo o segundo mandado de prisão sido cumprido em Campo Grande. Outras três pessoas são procuradas.

Durante a ação policial foram apreendidos veículos, dinheiro, documentos e aparelhos eletrônicos. Contas bancárias usadas pelo grupo também foram bloqueadas.

Ao todo, a operação cumpre 23 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão. Além dos presos em Mato Grosso do Sul, três pessoas foram presas em Macapá e uma em Laranjal do Jari (AP).

O avião monomotor Cessna modelo Skylane 182RG estava com três passageiros quando foi sequestrada no dia 27 de março, a partir da decolagem de Laranjal do Jari, no extremo sul do Amapá. O avião partiu com destino a um garimpo no Pará e foi encontrado no dia seguinte em Sinop, em Mato Grosso.

Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em março, logo após o roubo do avião no Amapá. Além de roubar a aeronave, investigações apontam que o grupo planejou matar o piloto, no dia do crime, porém, a vítima conseguiu fugir com ajuda de um terceiro. Os autores do crime seriam integrantes de organização criminosa especializada em tráfico de drogas por meio aéreo. Ainda segundo a polícia, os criminosos são narcotraficantes que enviavam drogas da Bolívia para o Amapá em grandes quantidades, utilizando aeronaves de pequeno porte. Era de MS que os tramites para a operação do transporte eram planejados.

Segundo o coordenador da operação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) do AP, o nome dado a operação compreende performance de vôo denominada “Estol” – ou perda de sustentação (do inglês stall).

Atualização: mais de 30 mandados, sendo 9 de prisão, foram cumpridos nesta sexta (03) numa ação conjunta da Polícia Civil em quatro Estados: Mato Grosso do Sul, Pará, Mato Grosso e Amapá.

As ordens foram referentes à operação “Estol” que busca coibir organização criminosa investigada por roubar um avião monomotor em março deste ano para usá-lo no transporte de grandes quantidades de drogas.

Após meses de investigações, coordenadas no Amapá pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), foi identificado que a ordem para o roubo partiu de narcotraficantes que enviavam drogas da Bolívia para o Estado através de aeronaves de pequeno porte.

O avião foi roubado após outra aeronave da organização ser apreendida com entorpecentes no Paraguai. O objetivo era manter o contingente e o fluxo de drogas enviadas.

Dos nove mandados de prisão, seis foram cumpridos, sendo três deles no sistema prisional do Amapá, um em Laranjal do Jari (AP), um em Campo Grande (MS) e o outro em Ponta Porã, também no Mato Grosso, que capturou o líder da organização criminosa.

“Esses narcotraficantes possuem como líder um indivíduo da cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde foram cumpridos alguns desses mandados. O líder desse grupo estava na cidade de Ponta Porã numa chácara luxuosa. Esse indivíduo foi preso”, detalhou o delegado Estefano Santos, da DRACO no Amapá.

Os três foragidos seguem sendo procurados. Nos 23 mandados de busca e apreensão foram recolhidos veículos, dinheiro, documentos e aparelhos eletrônicos. Os investigados também tiveram as contas bloqueadas.

Além da DRACO, a operação foi coordenada pelas polícias civis do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e das delegacias das cidades amapaenses de Laranjal do Jari e Mazagão.