Venda da Jeppesen atraindo interesse de gigantes aeroespaciais – GE, Honeywell, RTX e TransDigm estão de olho na potencial aquisição, aponta a analista financeira Jefferies Equities Research, em 03.03.25


Em post no dia 26, na plataforma online da mídia, a editora da revista mensal da AIN Kerry Lynch divulgou que as “gigantes aeroespaciais” GE Aerospace, Honeywell, RTX e TransDigm Group surgiram como potenciais proponentes à aquisição da Jeppesen, de acordo com a analista financeira Jefferies Equities Research.

No final do ano passado, começaram a circular que a Boeing estaria procurando vender a Jeppesen – provedora de informações de navegação, planejamento de vôo e operações com sede em Centennial, no Colorado.

As rodadas iniciais de lances de aquisição da Jeppesen estavam previstas para o final de janeiro, divulgou a Jefferies, estimando que a Boeing poderia arrecadar US$ 7 bilhões. A Boeing adquiriu a Jeppesen em 2000 por US$ 1,5 bilhão.

A Jefferies observou que a GE reservou US$ 7 bilhões para atividades de fusões e aquisições entre 2024 e 2026 com planos para alavancagem relativamente baixa e divulgou que a Jeppesen poderia ajudar a preencher sua presença de mercado com recursos de cabine de comando.

A Jefferies delineia que a aquisição da Jeppesen se encaixa nos planos da Honeywell Aerospace para uma empresa autônoma, principalmente porque busca avançar suas linhas de produtos de próxima geração, como plataforma de vôo Anthem. Além disso, sua unidade Primus Epic oferece dados à Jeppesen, observou Jefferies.

De acordo com a Jefferies, a RTX também está buscando acelerar o negócio “Beyond the Aircraft” (“Além de aeronave”) da Collins, que é focado em cabine de comando conectada, gerenciamento de tráfego aéreo e análise de manutenção preditiva. A Jeppesen é parceira nas plataformas da Collins.

Uma aquisição da Jeppesen ajudaria ainda mais a revigorar a TransDigm, apontou a Jefferies.

No final de novembro, em post (na plataforma AIN on line), o editor-chefe da AIN Matt Thurber repercutiu a avaliação pela Jefferies Equities Research do que poderia ser gerado para a Boeing com a venda de alguns ativos da divisão de serviços – a Boeing Global Services , descrevendo valores que os analistas acreditavam e no que estes creditavam como “grande desenrolar de fusões e aquisições”.

A venda de ativos da Boeing Global Services incluiria as provedoras de serviços digitais Jeppesen e ForeFlight, bem como a Boeing Distribution, que é composta pela antiga Aviall e KLX Aerospace Solutions.

Estimando que a Jeppesen e a ForeFlight possam gerar a maior margem (30%) de todas as entidades da Boeing Global Services, os analistas da Jefferies “desenharam” que a Boeing poderia estar planejando vender as empresas de serviços digitais, e avaliaram a Jeppesen em US$ 7 bilhões e a ForeFlight em US$ 1 bilhão.

A Jefferies apontou que a Boeing comprou a Jeppesen por US$ 1,5 bilhão em 2000 e a ForeFlight por US$ 275 milhões em 2019, e que as duas provedoras representavam 10% das vendas da Boeing Global Services.

“Desde a fusão da McDonnell Douglas, a Boeing adquiriu US$ 15 bilhões (US$ 23 bilhões ajustados pelo IPC) em ativos”, de acordo com a cobertura da Jefferies, “mas a revisão do portfólio do CEO pode tomar decisões não essenciais em breve, focadas no futuro da BA em vez de arrecadação de fundos após o aumento de capital de US$ 24 bilhões”, então apontou a Jefferies.

Ainda na sua cobertura, a Jefferies avaliou até US$ 12 bilhões em uma potencial venda de ativos que, além da Jeppesen e da ForeFlight, poderia incluir seus negócios espaciais ULA, Argon ST [comando, controle, comunicações, computadores, inteligência, vigilância e reconhecimento], Insitu [sistemas aéreos não tripulados] e um negócio de veículos submarinos não tripulados. No entanto, a Jefferies apontou que acreditava que a KLX e a Aviall não seriam vendidas. [EL] – c/ fonte