DECEA investe na melhoria dos serviços de tráfego aéreo na FIR Atlântico (SBAO), baseados no conceito Performance Baseada em Comunicação e Vigilância (PBCS), em 04.09.23


O DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) realizou, entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, reunião do Grupo de Estudos de Planejamento do Espaço Aéreo (GEPEA), no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP).

O evento contou com a participação de representantes do DECEA, do CINDACTA III  (Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), do CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, uma unidade DECEA) e da Agência de Monitoração do Caribe e da América do Sul (CARSAMMA).

O conceito Performance Baseada em Comunicação e Vigilância (PBCS) na Região de Informação de Vôo (FIR) Atlântico (FIR-AO – SBAO), empreendimento do Programa SIRIUS, visa proporcionar melhorias na provisão do serviço de controle de tráfego aéreo no corredor das rotas que ligam a América do Sul à Europa.

Dentre os diversos objetivos relacionados a alguns dos estudos das atividades do GEPEA, destacam-se o desenvolvimento e implantação de novos requisitos nos sistemas automatizados do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) para o controle do tráfego e gerenciamento da malha aérea, a avaliação e manutenção da conformidade do desempenho do enlace de dados conforme parâmetros estabelecidos pela OACI para as comunicações (CPDLC) e para a vigilância (ADS-C), e simulações e suporte ao treinamento dos controladores de tráfego aéreo do Centro de Controle de Área Atlântico (ACC-AO) para adesão segura às novas funcionalidades.

A data para implementação do conceito PBCS na FIR Atlântico está planejada para ocorrer até dezembro de 2025, e tem o objetivo de permitir a redução segura dos mínimos de separações longitudinais e laterais entre as aeronaves e subsequente incremento da capacidade do espaço aéreo.

Segundo o gerente do empreendimento PBCS, capitão-especialista em comunicações Marcelo Mello Fagundes, é prevista uma ampliação na oferta de níveis de vôo mais ajustados às performances das aeronaves. “Com os novos mínimos de separação de 30 MN, será possível autorizar, com maior frequência, as subidas para níveis superiores em situações de desvios devido às condições meteorológicas adversas, especialmente ocasionadas pela ativação da Zona de Convergência Intertropical (ZCI)”, afirmou.

O chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, brigadeiro do ar André Gustavo Fernandes Peçanha, destacou os benefícios esperados com a implementação do conceito Performance Baseada em Comunicação e Vigilância (PBCS) na FIR Atlântico. “A iniciativa proporcionará vôos mais seguros, rápidos e eficientes para os usuários do transporte aéreo, redução no consumo de combustível e emissões de poluentes, além da diminuição da carga de trabalho dos controladores de tráfego aéreo e pilotos”, pontuou o oficial.