Sistema SAR do DECEA teve cerca de 2.500 acionamentos em 2023, em 24 missões reais envolvendo aeronaves, com emprego de 651 horas de vôo e resgate de 73 vítimas com vida – foram registrados de transmissores de emergência 1.342 sinais de alerta, dos quais 935 (69,7%) sinais falsos e apenas 28 (2,1%) sinais reais, em 13.10.24


Em nota postada no dia 08, o DECEA divulgou que o Brasil registrou 2.535 casos de “eventos” SAR (Search and Rescue – Busca e Salvamento) em 2023. Do total de 2.535 casos registrados, 2.511 (99,1%) foram resolvidos nas buscas por comunicações e 24 envolveram operações de buscas com o emprego de 651 horas de vôo ao longo do ano, sendo resgatadas 73 vítimas com vida com a participação da FAB.

Os números constam no Anuário SAR elaborado pelo DECEA e referem-se especificamente aos casos com a participação da Força Aérea Brasileira (FAB).

O anuário ressalta também que o Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC) recebeu 1.342 sinais de alerta, dos quais 28 sinais (2,1%) foram reais, 935 (69,7%) foram sinais falsos de alerta e 379 (28,2%) indeterminados.

O Brasil ocupa destaque no cenário internacional do programa, embora o obstáculo cultural dos falsos alertas. Um fator responsável por esses números é o acionamento equivocado das balizas de emergência (Transmissores Localizadores de Emergência – ELT e EPIRB), equipamentos embarcados na grande maioria das aeronaves e embarcações que são acionados em casos de emergência por uma ação voluntária ou por um impacto sofrido. O sinal captado por satélites é transmitido aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO) através do Centro Brasileiro de Controle de Missão.

Segundo o chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do Subdepartamento de Operações do DECEA, major aviador Bruno Vieira Passos, antes de acionar recursos para uma operação de busca e salvamento, o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico deve tomar uma série de ações preliminares para garantir a resposta mais rápida e eficaz possível. “Essas ações ocorrem principalmente durante a fase de incerteza [INCERFA], onde ainda não há confirmação de perigo iminente, mas é necessário preparar-se para uma possível escalada do incidente”, explica o oficial.

As missões de busca e salvamento realizadas pela FAB acontecem sobre todo o território nacional, sobre o mar territorial e ainda em uma ampla área de águas internacionais do Atlântico. Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável por essas missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão continental do país (de 8,5 milhões de km²).