ABAG aciona TCU pedindo suspensão do leilão de concessões aeroportuárias programado para até junho por conta de potenciais empecilhos à aviação geral no aeroporto de Congonhas/SP, em 15.04.22


A Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) entrou com um pedido no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, para suspensão do leilão na 7ª rodada de concessões de aeroportos previsto para até junho, por conta de potenciais empecilhos à aviação geral no aeroporto de Congonhas (SBSP), em São Paulo, que está incluso no certame, juntamente com outros 13 terminais.

Segundo o Flávio Pires, diretor-executivo da ABAG, há o temor que as operações de aviação geral se torne inviáveis em Congonhas pelo modelo da concessão proposto pelo Ministério da Infraestrutura.

“Do jeito que está, após a concessão, São Paulo será a única grande capital do mundo sem um aeroporto central que viabilize a aviação de negócios, o fretamento executivo e corporativo, o socorro aeromédico, entre outras aplicações da aviação geral”, afirma Flávio. “As opções de aeroportos na região ou são muito distantes dos centros de negócios e hospitais ou, ainda, não consideram a inviabilidade técnica do Aeroporto de Campo de Marte, que opera com várias restrições e que não tem uma infraestrutura mínima para atender a demanda, ou mesmo permitir a operação de aeronaves de alto desempenho”, completa Flávio.

O diretor-executivo da ABAG citou que a previsibilidade, nos futuros contratos, de que as operações da aviação executiva operem dentro de “slots de oportunidade”, quando na realidade isso se torna inviável ao ocorrer qualquer imprevisto nas operações em Congonhas, como em caso de condições meteorológicas, especialmente no verão, quando de chuvas fortes típicas da tarde da estação.

“Na aviação é fundamental ter previsibilidade de horários para decolagem e pouso, o que não está atendido nos estudos para a concessão”, argumentou Flávio.