Airbus e Kawasaki assinam MoU para parceria projeto de suprimento de hidrogênio com fonte de energia de motorização de aeronaves do transporte comercial, em 16.04.22
A Airbus e a Kawasaki Heavy Industries assinaram um memorando de entendimento (MOU) para estudar conjuntamente questões relacionadas ao fornecimento de hidrogênio, infraestrutura e fornecimento de combustível para apoiar a futura implantação de aeronaves comerciais movidas a hidrogênio, divulgaram as duas empresas nesta quarta dia 13.
O MOU – assinado em uma cerimônia em Tóquio (Japão) com a presença de Stéphane Ginoux, chefe Airbus para a região norte da Ásia e presidente da Airbus Japan, e Motohiko Nishimura, diretor executivo e vice-gerente geral da divisão de Estratégia de Hidrogênio da Kawasaki – estabelece que as empresas preparação para um roteiro para enfrentar os desafios e definir um plano de defesa das necessidades de hidrogênio da aviação. Ambas as partes também embarcarão em projetos pioneiros na implantação de uma infraestrutura de hidrogênio para a aviação, com foco particular no desenvolvimento de hubs (centros de distribuição) de hidrogênio em aeroportos.
“Esta parceria obviamente acelerará e promoverá os esforços do governo japonês para alcançar uma sociedade descarbonizada e neutra em carbono das operações gerais de aeronaves até 2050”, disse Ginoux. “Acreditamos firmemente que o uso de hidrogênio – tanto em combustíveis sintéticos quanto como fonte primária de energia para aeronaves comerciais – tem o potencial de reduzir significativamente o impacto climático da aviação”, completou Ginoux.
Sob o acordo delineado no MoU, a Airbus fornecerá características da aeronave, uso de energia em frota e informações sobre aeronaves movidas a hidrogênio para operações terrestres. A Kawasaki realizará uma perspectiva de custo, trabalhará nos chamados drivers (norteadores) de tecnologia nos vários elementos da cadeia de suprimentos e criará cenários de implantação de infraestrutura para o fornecimento de aeroportos-alvo.
A Airbus já firmou várias outras parcerias na área, incluindo a empresa francesa de soluções e tecnologias de gás industrial Air Liquide e a operadora de aeroportos Vinci Airports para analisar a possibilidade de equipar a rede européia de 25 aeroportos da Vinci com as instalações de produção, armazenamento e fornecimento de hidrogênio necessárias para uso no solo e em aeronaves. O aeroporto francês Lyon-Saint Exupery servirá como aeroporto-piloto para o projeto e receberá uma estação de distribuição de gás hidrogênio em 2023 para abastecer tanto os veículos terrestres do operador do aeroporto quanto os de seus parceiros/fornecedores. Esta primeira fase testará as instalações e a dinâmica do aeroporto como hub de hidrogênio.
A Air Liquide e a Airbus já cooperam no programa espacial Ariane e compartilham a responsabilidade pelos tanques de armazenamento de hidrogênio líquido e oxigênio dos veículos lançadores, desde o projeto até a integração.
A Airbus também assinou acordos com quatro cias. aéreas – transportadora de baixo custo europeia easyJet, a SAS Scandinavian Airlines, a Air New Zealand e a Delta Air Lines – para estudar as necessidades de infraestrutura para futuras aeronaves movidas a hidrogênio.
Sob um projeto chamado Zero E, a Airbus revelou três conceitos para possíveis aviões movidos a hidrogênio em setembro de 2020. A fabricante acredita que levará cerca de cinco anos para desenvolver e amadurecer a tecnologia e espera decidir sobre a plataforma de tecnologia de hidrogênio mais adequada em 2024 ou 2025.
Em fevereiro, a Airbus divulgou que a CFM International servirá como seu principal parceiro para o sistema de propulsão de uma aeronave de médio curso que espera colocar em serviço comercial em 2035. [EL] – c/ fontes