Think tank de Washington apresenta “estudo” crítico contra a aviação executiva, e NBAA reage, em 12.05.23
Em artigo postado no dia 04 – intitulado “D.C. Think Tank targets Private aviation”, o editor da mídia especializada de aviação AIN on line Mark Huber noticia que o IPS – Institute for Policy Studies (instituto de políticas públicas) – um influente think tank (laboratório de idéias, centro de pensamento ou centro de reflexão, incubadora intelectual) de Washington DC que rotineiramente visa temas corporativos, de políticas e de fortuna privada, voltou seu foco para a aviação executiva.
Segundo Hurber, o IPS está promovendo seu novo estudo, “High Flyers 2023” (Viajantes aéreos de ponta – 2023), como um exame de como as viagens em jatos particulares “ultra-ricos” custam ao resto da sociedade e “queimam” o planeta.
De acordo com Huber, um documento do IPS acusa a aviação privada de criar uma pegada ambiental desproporcional e de se beneficiar de políticas fiscais injustas. O documento inclui uma variedade de medidas recomendadas pela organização, incluindo:
– um imposto sobre vendas de 10% sobre todas o negócios (transações de compra/venda) de aeronaves privadas usadas e um imposto de 5% sobre transações de aeronaves novas;
– o aumento de 100% do imposto federal sobre combustível em aeronaves executivas;
– uma tributação de sobretaxação em vôos de curta distância – “short hop” de menos de 210 milhas (183 MN), com taxas mais altas aplicáveis a vôos de menos de 100 milhas (87 MN);
– congelamento de tarifas sobre passageiros do transporte aéreo comercial com aumento de cobranças fiscais adicionais dos proprietários de jatos particulares;
– criação de um Fundo Fiduciário de Equidade de Transporte Sustentável para financiar infraestrutura ferroviária e ciclovias;
– aumento de supervisão de segurança de jatos particulares pela TSA; e,
– promulgação de legislação exigindo que a FAA forneça total transparência sobre a propriedade de aeronaves particulares registradas nos EUA.
Huber destaca que o “estudo” do IPS segue a promulgação de um “imposto de luxo” sobre aeronaves particulares no Canadá no ano passado e a crescente oposição à aviação executiva na Europa por motivos ambientais, incluindo vários protestos no final do ano passado que coincidiram com a conferência sobre mudanças climáticas COP27 no Egito.
Huber divulgou a reação da NBAA (associação da aviação executiva do EUA) se opondo fortemente ao “estudo” da IPS.
Em uma declaração emitida para a AIN, a NBAA definiu o documento da IPS como “uma caricatura enganosa e partidária da aviação executiva” e observou que a aviação executiva é “uma indústria americana essencial, sustentando mais de um milhão de empregos, gerando quase US$ 250 bilhões em atividades econômicas, conectando cidades e comunidades em todo o país e fornecendo voos para causas humanitárias dignas.
Huber reproduziu manifestação da NBAA: “Entre as descaracterizações do estudo e o uso seletivo de dados, sua omissão factual mais flagrante é que, por décadas, a aviação executiva tem sido um teste para tecnologias que reduzem a pegada de carbono do setor e abrem o caminho para a realização do objetivo estabelecido de alcançar zero emissões de aeronaves executivas até 2050. Como pode ser que o estudo de mais de 30 páginas perca totalmente os avanços pioneiros da aviação executiva que foram fundamentais para alcançar essa meta líquida zero? A NBAA pede uma discussão honesta sobre os benefícios”. [EL] – c/ fonte