Desde dia 01, até dia 09, FAB coordena mais 1.429 movimentos aéreos pela calamidade na região de Porto Alegre (RS), em 12.05.24


Conforme divulgação do DECEA em post no dia 10, a atuação da FAB em apoio à operação de resgate das vítimas da enchente no Rio Grande do Sul (RS) permanece intensa. Desde o dia 01, com o início da mobilização das aeronaves e realização dos vôos de resgate nas áreas atingidas, foram registrados 1.429 movimentos aéreos na região de Porto Alegre.

Com o fechamento do Aeroporto Salgado Filho (SBPA), a BACO – Base Aérea de Canoas (SBCO) – a 3,3 MN a nordeste do Salgado Filho – está recebendo aeronaves envolvidas nos resgates e vôos do transporte comercial em apoio às ações de ajuda humanitária ao RS. Até esta quinta-feira (09), 4 vôos de operadores comerciais já pousaram na Base Aérea de Canoas levando donativos e equipamentos para apoio às áreas afetadas no RS.

O controle de tráfego aéreo na região de Porto Alegre está sendo realizado pelos militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canoas (DTCEA-CO), unidade Subordinada ao DECEA por meio CINDACTA-II.

“A demanda anterior às operações humanitárias era de aproximadamente 30 movimentos diários na Base Aérea de Canoas. Somente no dia 08/05, foram registrados 288 movimentos aéreos de aeronaves de resgate das vítimas, demandando maior atenção na manutenção da segurança das atividades aéreas durante a prestação do serviço de controle de tráfego aéreo”, afirma o Comandante do DTCEA-CO, capitão-aviador Carlos Emilião Pinto.

O Controle de Aproximação de Porto Alegre (APP-PA), que está operando remotamente da Sede do DTCEA-CO, presta o serviço de controle de tráfego aéreo às aeronaves que ingressam na sua área de jurisdição (TMA Porto Alegre).

Para ordenar o fluxo de aeronaves da Base Aérea de Canoas (BACO), a Torre de Controle de Canoas (TWR-CO) provê o controle das aeronaves que pousam e decolam de Canoas. “Tanto o APP-PA quanto a TWR-CO estão atuando no controle, ordenamento e segurança das operações aéreas na BACO, quer seja comercial ou humanitária, em apoio à operação de resgate da tragédia no Rio Grande do Sul”, explica o capitão Emilião.

O espaço aéreo abaixo de 4.000 pés, na Área de Controle Terminal Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está reservado para os vôos de ajuda humanitária. 

Atualização estatística das perdas
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou, na manhã desta sexta (dia 10), um novo boletim sobre a maior tragédia climática da história do Estado, e o aumento do número de mortes nas últimas 24 horas.

Segundo as autoridades gaúchas, 113 pessoas já morreram no desastre. Uma morte está sob investigação. Ainda de acordo com a Defesa Civil, as tempestades e enchentes que vêm castigando o Estado do RS, desde o fim de abril, já deixaram 756 pessoas feridas e 146 desaparecidas.

Até o momento, 406,7 mil pessoas tiveram de deixar suas residências em função das fortes chuvas. Ao todo, 69,6 mil receberam acolhimento em abrigos e 337,1 mil estão abrigadas em casas de familiares ou amigos.

Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 435 (87,5%) foram afetados, de alguma forma, pela tragédia. Já são 1,9 milhões de pessoas atingidas em todo o Estado.

O alerta meteorológico mais intenso, de “perigo”, vale para a metade norte do Estado, englobando cidades como Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Santa Maria e Passo Fundo.

De acordo com uma medição realizada às 06h15 desta sexta-feira (10) pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) no Cais Mauá, o nível das águas do lago Guaíba, em Porto Alegre, baixou para 4,74 m., o menor patamar desde o último sábado (04). Apesar da diminuição contínua nos últimos dias, o nível do Guaíba permanece acima da chamada “cota de inundação”, que é de 3 m.

Segundo especialistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), há possibilidade de que o nível do Guaíba volte a aumentar nos próximos dias, caso o volume de chuvas seja muito intenso. Pode ocorrer um “repique por efeito das chuvas previstas a partir do fim de semana, podendo retornar a marca dos 5 metros”, afirmam os pesquisadores. “Caso as chuvas não se confirmem, a tendência é a de redução gradual, mantendo-se acima de 4 metros por mais de uma semana”, diz o comunicado do IPH.