GKN Aerospace se prepara para absorver o impacto de tarifa sobre importação do EUA – fabricante sediada no Reino Unido, com instalações de desenvolvimento, produção e suporte pós-venda em vários países, está avaliando a melhor forma de mitigar o aumento de custos e a complexidade da cadeia de suprimentos, em 18.04.25

O editor-chefe da AIN Charles Alcock, em post na plataforma online da mídia no dia 17, repercutiu que a GKN Aerospace está se esforçando para avaliar o impacto das tarifas sobre importação do governo do EUA em sua cadeia de suprimentos global e pode em breve adotar medidas de mitigação que podem incluir o aumento da produção do outro lado do Atlântico, a partir de sua sede no Reino Unido.
O CEO do grupo de aeroestruturas e motores, Peter Dilnot, disse aos participantes de uma coletiva de imprensa em Londres no dia 10 que a atual tarifa básica de 10% é “indesejável” e pode ser extremamente prejudicial para uma cadeia de suprimentos aeroespacial que já enfrenta dificuldades significativas. Dilnot disse a repórteres que a GKN tem executivos trabalhando para estabelecer exatamente como as tarifas do governo Trump serão aplicadas na prática e quais isenções poderão estar disponíveis. “Então, você precisa analisar onde você [como empresa] se situa em termos de responsabilidades contratuais [com os clientes], quais ações de mitigação você pode tomar e, então, decidir o que precisa fazer em termos de sua cadeia de suprimentos”, explicou Dilnot.
A GKN está considerando diversas opções, como alterar as rotas de envio de componentes e peças. “Precisamos continuar atendendo bem nossos clientes, mas sem gastar demais”, disse Dilnot. “Mas há muitas incógnitas sobre as taxas e a possibilidade de tarifas retaliatórias [impostas por outros países aos EUA]”, completou Dilnot.
De acordo com Dilnot, as fabricantes aeroespaciais também podem ser afetadas pelo impacto indireto das tarifas, como por exemplo por efeito da redução de vôo das cias. aéreas comerciais numa recessão econômica global. Dilnot alertou que algumas empresas menores, que atualmente têm margens de lucro abaixo de 10%, podem ter dificuldades para sobreviver.
“Mas, no geral, os níveis de demanda e os pedidos pendentes são fortes, mesmo que essas tarifas sejam extremamente inúteis”, concluiu Dilnot, pouco menos de duas semanas antes da GKN divulgar seu próximo balnaço de resultados financeiros, programado para 30 de abril.
Dilnot afirmou que, nos quatro anos desde que foi adquirida pela Melrose Industries, a GKN fez um bom progresso em seus esforços de reestruturação. “Reformulamos os negócios para agregar a maior parte do valor ao design, em vez de apenas à fabricação”, disse Dilnot, afirmando que agora a GKN está bem posicionada para colher dividendos de programas de compartilhamento de riscos e receitas nos setores civil e militar.
A GKN possui instalações de fabricação e suporte pós-venda no nordeste do EUA, nos Estados do Alabama e da Califórnia, empregando milhares de cidadãos americanos nessas instalações.
Juntamente com outros grupos aeroespaciais, a GKN está pressionando autoridades americanas para buscar isenções mais amplas para o setor.
No dia 09, o presidente Donald Trump impôs temporariamente uma tarifa de 10% a todos os países, exceto à China, por um período de 90 dias, aumentando posteriormente a tarifa para a China para 145%.
A GKN possui operações de joint venture na China com a fabricante aeronáutica estatal COMAC. [EL] – c/ fonte